FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
WJDW

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

JORNALISTA CONTA A HISTÓRIA DE MULHERES CHINESAS VÍTIMAS DA LEI DO FILHO ÚNICO



A jornalista Xinran nasceu em Pequim, em 1958. Trabalhou em Nanquim até 1997, quando a impossibilidade de publicar na China o seu relato fez com que se mudasse para Londres com seu filho. Casada com um inglês, leciona atualmente na School of Oriental and African Studies da Universidade de Londres.

O livro traz relatos de mulheres que abandonaram suas filhas bebês, ou viram outras mães matarem as suas, práticas que segundo a autora se repetem por várias regiões do país.


No Ocidente, temos um conhecimento apenas folclórico sobre a lei chinesa de planejamento familiar - da qual a política do filho único é a parte mais difundida - e, sobretudo, sobre a prática ainda presente em rincões pobres da China rural do infanticídio de bebês do sexo feminino, ou das mães que dão suas filhinhas para adoção. Se as razões sociais e o contexto histórico que levam a tais extremos são praticamente desconhecidos dos ocidentais, menos ainda se sabe sobre o que pensam e sentem as pessoas diretamente afetadas por esses trágicos fenômenos.

Com Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida, Xinran, jornalista e autora do best-seller internacional As boas mulheres da China, retorna às histórias verídicas de mulheres chinesas que a tornaram mundialmente conhecida. Desta vez ela aborda o sofrimento humano resultante da interação de uma milenar cultura machista com circunstâncias históricas, econômicas e sociais específicas. Em dez capítulos, são apresentadas dez histórias marcadas pela interrupção da relação mãe-filha, de meninas que nunca conheceram suas mães biológicas e mulheres que deram a filha em adoção a casais de camponeses que vivem sem endereço fixo, viajando pelos quatro cantos da China para burlar a fiscalização da lei do filho único - eventualmente abandonando uma menina numa estação de trem.

Ao longo dos anos Xinran foi tomando conhecimento das circunstâncias em que vivem tais mulheres. Após relutar, decidiu abordar esse delicado tema e dedicar um livro às centenas de milhares de mães chinesas que se viram levadas a rejeitar - e até mesmo a matar - suas bebês: pela primeira vez, elas teriam suas histórias ouvidas.

São, é claro, histórias alarmantes, como a vez em que a própria autora testemunhou, em Yimeng, numa das áreas mais pobres da China, uma parteira afogar uma menina recém-nascida num balde de água suja. Mas o livro ainda é cheio de dados estatísticos também preocupantes: uma família chinesa gasta de 1,3 mil a 6,5 mil dólares para adotar um menino, mas apenas de 25 a 39 dólares por uma menina. Juntos, material humano, dados históricos e informações estatísticas compõem um envolvente panorama de tristes experiências de maternidade e confirmam a autora como uma das principais vozes a traduzir a complexa realidade chinesa para o público-leitor ocidental. Histórias chocantes, leiam!!.

Fonte:Companhia das Letras

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MULHERES ESTÃO FORA DA ESCOLA E DO MERCADO DE TRABALHO


(Agência Brasil) Uma parcela da população brasileira entre os 18 e 24 anos do país não estuda e nem trabalha. São cerca de 3,4 milhões de jovens que representam 15% dessa faixa etária, apurou a repórter Amanda Cieglinski. Estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostra que as mulheres são as mais afetadas por esse problema, muitas vezes em função da maternidade e do casamento.

Do total de jovens fora da escola e do mercado de trabalho, 1,2 milhão concluiu o ensino médio, mas não seguiu para o ensino superior e não está empregado. Segundo a pesquisa do Inep, a proporção de jovens nessa situação aumentou de 2001 a 2008, e quase 75% são mulheres. Uma em cada quatro jovens nessa situação tinha filhos e quase metade delas (43,5%) estava casada em 2008.

Para Roberto Gonzales, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o estudo reflete a desigualdade de gênero, que ainda persiste não apenas na diferença salarial, mas no próprio acesso ao mercado de trabalho. “Isso tem muito a ver com a divisão do trabalho familiar, seja doméstico ou de cuidados com o filho. É uma distribuição muito desigual e atinge em especial as mulheres, por isso você tem tantas meninas fora do mercado e da escola”, diz o pesquisador.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre as jovens de 18 a 24 anos que estão na escola e/ou no mercado de trabalho, o percentual das que têm filhos é cinco vezes menor. Segundo o estudo, os dados comprovam que “existe forte correlação entre casamento/ maternidade e a saída, mesmo temporária, da escola e do mercado de trabalho observada para as mulheres”.

“A baixa escolaridade não é uma barreira absoluta ao mercado de trabalho, mas é um problema porque há a possibilidade de criar-se um círculo vicioso. A mulher não terá acesso a bons empregos que dariam experiência profissional e poderiam melhorar sua inserção no futuro”, alerta Gonzales, que afirma ainda que as políticas públicas precisam ser mais flexíveis e acompanhar os “novos arranjos” da sociedade para garantir mais apoio a esse grupo de jovens mães.

Uma das estratégias básicas para garantir que a jovem consiga prosseguir com seus estudos ou ingressar no mercado é a ampliação da oferta em creche. Atualmente, menos de 20% das crianças até 3 anos têm acesso a esse serviço no país. “Essa é uma das principais barreiras alegadas pelas mulheres inativas”, indica Gonzalez.

Fonte: Agência Patrícia Galvão

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A AFEGÃ BIBI AISHA TEVE A ORELHA E O NARIZ CORTADO PELO MARIDO VIOLENTO

BIBI AISHA

Esta foto foi premiada por retratar a violência contra as mulheres. Também foi capa da revista "Time" de 1º de agosto de 2010. A violência foi cometida pelo marido da afegã Bibi Aisha, 18, após ela fugir de um marido violento. Ela foi resgatada por tropas americanas no Afeganistão e vive agora nos Estados Unidos.

Bibi Aisha, 18 anos, moradora da província de Oruzgan, no centro-sul Afeganistão, sofreu os ferimentos por ordem de um comandante do Talebã depois de ela ter fugido de seu marido, alegando que era tratada com violência por ele.

Bibi foi encontrada pelo Talebã na casa dos seus pais, onde buscou refúgio. após o veredicto imposto pelo comandante, o cunhado da jovem a prendeu no chão, para que depois o marido executasse a mutilação.

Abandonada, a jovem afegã acabou resgatada por militares americanos e equipes de ajuda humanitária. Ela agora mora nos Estados Unidos, onde passou por uma cirurgia de reconstituição na face.

A imagem premiada foi feita pela fotógrafa sul-africana Jodi Bieber, tendo estampado a capa da revista semanal americana Time em agosto do ano passado. Este é o oitavo prêmio World Press Photo ganho pela sul-africana.

"Esta pode se tornar uma daquelas fotos - e nós temos talvez somente dez delas em nossa era - que, quando alguém comentar, 'você sabe, aquela foto de uma garota...', você saberá exatamente do que se está falando", disse o presidente do júri, David Burnett.

"(A fotografia) é forte porque a mulher parece ter tanta dignidade", afirmou a integrante do júri Ruth Eichhorn.

AISHA GANHA PRÓTESE

Aisha compareceu, na última sexta-feira, à festa de gala organizada pela fundação que está encarregada da sua cirurgia de reconstrução. Na celebração, a afegã recebeu das mãos da primeira dama da Califórnia, Maria Shriver, mulher do governador Arnold Schwarzenegger, um prêmio por ter se destacado como um exemplo.

A prótese foi colocada na jovem no mês passado para que ela possa se ver novamente com o nariz, e assim recuperar sua autoconfiança. Ela vem recebendo ajuda de psicólogos para que esteja preparada para cirurgia de reconstrução que acontecerá em breve.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ONGs QUE TRABALHAM COM VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL




ACRE


Rede Acreana de Mulheres e Homens – RAMH
Valmira Braga e Silva – coordenadora de projetos
Centro de Atendimento à mulheres vítimas de violência
Rio Branco/AC
(68) 224-8607 / 223-9599
redeac@uol.com.br

AMAPÁ


Imena – Instituto de Mulheres Negras do Amapá
Maria das Dores do Rosario Almeida / Ranira dos Santos Pontes
Projeto: Mulher teu corpo a ti pertence
Macapá/AP
(96) 222-4385
imena@uol.com.br

BAHIA


Chame – Centro Humanitário de Apoio à Mulher
Raquel Pólvora de Almeida
Salvador/BA
(71) 321-9166
ong@chame.org.br
http://www.chame.org.br

MUSA – Programa de Estudos em Gênero e Saúde
Estela Aquino – coordenadora executiva
Ieda Maria Barbosa R. Franco – coordenadora de projetos
Projeto: Capacitação de policiais das delegacias especializadas de atendimento às mulheres
Salvador/BA
(71) 247-1665
iedasalvador@globo.com

DISTRITO FEDERAL


Agende – Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento
Marlene Libardoni
Projeto: Campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra à mulher
(61) 3273-3551
Brasília/DF
agende@agende.org.br
http://www.agende.org.br

Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero
Projeto: O Serviço Social e a Enfermagem Enfrentam a Violência Sexual Contra a Mulher
Brasília/DF
Debora Diniz / Fabiana Paranhos – diretoras
(61) 343-1731
anis@anis.org.br
http://www.anis.org.br

Cecria – Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes
Vicente Falheiros – coordenador geral
Brasília/DF
(61) 274-6632 / 340-8708
Projeto: Pesquisa nacional e internacional sobre tráfico de mulheres, crianças e adolescentes
cecria@cecria.org.br
http://cecria.org.br

Cfemea – Centro Feminista de Estudos e Assessoria
Iáris Ramalho Cortês (assessora técnica); Giane Boselli (assessora técnica); Myllena Calasans de Matos (assessora parlamentar); Camilla Valadares (assessora de comunicação)
Projetos: Direitos Humanos das Mulheres; Violência doméstica no Brasil; Ações de complementação para a construção de lei contra a violência doméstica no Brasil
Brasília/DF
(61) 224-1791
cfemea@cfemea.org.br; almira@cfemea.org.br ; iaris@cfemea.org.br
http://www.cfemea.org.br

GOIÁS


CEVAM - Centro de Valorização da Mulher Consuelo Nasser
Maria das Dôres Dolly Soares
Projeto: Atendimento a mulheres em situação de violência
Goiânia/GO
(62) 524-9000 a 524-9012
cevam@uol.com.br

Grupo de Mulheres Negras – Malunga
Sonia C.Ferreira Silva – presidente
Projeto: Saúde das mulheres negras
Goiânia/GO
(62) 286-4896 / 9983-7110
malunga@persogo.com.br

Grupo Transas do Corpo
Eliane Gonçalves – coordenadora de projetos
Projeto: Ações educativas em gênero, saúde e sexualidade
Goiânia/GO
(62) 248-2365 / 248-1484
transas@transasdocorpo.org.br
comunica@transasdocorpo.org.br
http://www.transasdocorpo.org.br

MARANHÃO


AMAVI - Associação de Mães e Adolescentes da Vila Ildemar
Robstiana Amorim – Presidenta
Açailândia/MA
(99) 3538-2957
amavi02@hotmail.com.br
http://www.amavi.xpg.com.br

Grupo de Mulheres da Ilha
Ieda Batista – Coordenadora
Projeto: pesquisa e monitoramento sobre violência contra as mulheres
São Luis/MA
(98) 227-2727
Ieda-ma@yahoo.com.br

MINAS GERAIS


Associação Barbacenense de Proteção à Mulher – Pró-Mulher
Maria Guiomar - secretária
Centro- Barbacena/MG
(32) 3332-5715
mariaguiomar@barbacena.com.br


Centro de Apoio Renascer
Programa de Apoio a Mulher Vítima de Violência Doméstica
Edson Coimbra - coordenador
Renata Carvalho Silva - coordenadora técnica e psicóloga
Governador Valadares/MG
(33) 3212-0802
centrodeapoiorenascer@hotmail.com


Musa – Mulher e Saúde – Centro de Referência de Educação em Saúde da Mulher
Rachel de Almeida Costa Andrade
Belo Horizonte/MG
(31) 3295-1667
musamulheresaude@uol.com.br
http://www.musa.org.br

SOS Ação Mulher Família de Uberlândia
Rua Johen Carneiro, 1454 – Bairro Lídice
Uberlândia/MG
sosmulherfamilia@centershop.com.br

PARAÍBA


Casa da Mulher Renasce Companheira
Jardim Veneza – João Pessoa/PB
Tel.: (83) 3262-7824 / 8802-8593 / 8804-0628
info@renascecompanheira.org.br / cmrc@renascecompanheira.org.br

Centro da Mulher 8 de Março/PB
Valquiria Alencar - Coordenadora Geral
Responsável pela casa-abrigo “Violeta Formiga”
Rua Duque de Caxias, nº 59, Edifício MCM CENTER, Salas 04 e 05
João Pessoa/PB
(83) 3241-8001
cm8mar@uol.com.br
cm8mar@terra.com.br

Cunhã – Coletivo Feminista
Luciana Cândido Barbosa
Projeto: Violência contra a mulher em cena, possibilidades para influir nas políticas públicas
JoãoPessoa/PB
(83) 3241-5916 / 3241-6595
cunhan@cunhanfeminista.org.br
http://www.cunhanfeminista.org.br

Liberta – Centro de Pesquisa , Comunicação e Educação para a Cidadania
Sonia Maria L.Santos – coordenadora executiva
João Pessoa/PB
(83) 243-7898
liberta@liberta.org.br

PERNAMBUCO


AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras
Silvia Camurça – secretária executiva
Projeto: Monitoramento da Violência contra à Mulher no Brasil
Recife/PE
(81) 3087-2060
amb@soscorpo.org.br
http://www.articulacaodemulheres.org.br

Cais do Parto
Suely Carvalho – presidenta de honra
Projeto: Parteiras Tradicionais Brasileiras: artífices da paz
Olinda/PE
(81) 3429-3204
cais@caisdoparto.org.br
http://www.caisdoparto.org.br

Central Disque-Denúncia Agreste
Alexandre Galindo
Atendimento telefônico a mulheres em situação de violência
Caruaru/PE
(81) 3719-4545
ddagreste@redeveloz.com.br


Central Disque-Denúncia PE
Leila Mualem
Atendimento telefônico a mulheres em situação de violência
Recife/PE
(81) 3421-9595
ddenunciape@uol.com.br


Centro Brasileiro da Criança e do Adolescente – Casa de Passagem
Cristina Mendonça – coordenadora
Projeto: Programa Passagem para a Vida
Recife/PE
(81) 3423-3839
cp@casadepassagem.org.br
http://casadepassagem.org.br

Centro das Mulheres do Cabo
Silvia Maria Cordeiro – coordenadora geral
Micheline Américo e Lucidalva Nascimento
Projeto: Programa de Direitos e Cidadania (inserido no projeto de prevenção e combate à violência doméstica)
Cabo de Santo Agostinho/PE
(81) 3524-9170
cmc@mulheresdocabo.org.br
http://www.mulheresdocabo.org.br

Coletivo Mulher Vida
Cecy H. Prestello – presidente
Projetos: Mulher cidadã; Viva menina adolescente; Criança Feliz
Olinda/PE
(81) 3432-3265 / 3431-5777
coletivo@mulhervida.com.br
http://mulhervida.com.br

Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero
Silvia Dantas – coordenadora geral
Projetos: A violência contra à mulher, como fator de vulnerabilidade ao HIV/Aids; e História de violência doméstica e violência sexual das mulheres
Recife/PE
(81) 3421-7670
gestos@elogica.com.br
http://www.gestospe.org.br

Graúna-Juventude Gênero, Arte e Desenvolvimento
Mônica Larangeira Jácome – coordenadora geral
Projeto: Temos direito de viver em paz
Recife/PE
(81) 3494-2986
grauna@trupegrauna.org.br

Instituto Papai
Benedito Medrado
Integra a coordenação da Campanha do Laço Branco
Recife/PE
(81) 3271-4804
papai@papai.org.br
http://www.papai.org.br

Loucas de Pedra Lilás
Ana Bosch / Gigi Bandler / Cristina Nascimento
Projeto: Fortalecer as redes de solidariedade contra violência doméstica e sexual
Olinda/PE
(81) 3421 5573
loucas@loucas.org.br
http://www.loucas.org.br

SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia
Ana Paula Portella / Verônica Ferreira / Carla Batista
Projeto: O cotidiano e vivência de direito (Observatório da violência contra à mulher no Estado de Pernambuco).
Recife/PE
(81) 3087.2086
anapaula@soscorpo.org.br; veronica@soscorpo.org.br; carla@soscorpo.org.br
http://www.soscorpo.org.br
http://www.soscorpo.org.br/observatorio/


RIO DE JANEIRO

ABIA – Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS / Rede Dawn
Angela Collet ou Sonia Corrêa
Rio de Janeiro/RJ
(21) 2223-1040
angela@abiaids.org.br / scorrea@abiaids.org.br
http://www.abiaids.org.br

Associação de Mulheres Beth Lobo- Cidadania e Justiça
Maria Conceição dos Santos – presidente
Volta Redonda/RJ
(24) 9974-2358
m.conceicaosantos@ig.com.br



Casa Lilás - Centro de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar
Elza Silva Vieira – coordenadora geral (cel.: 21 7823-1906)
São João de Meriti/ RJ
Tel.: (21) 2756-5975
E-mail: casalilas@bol.com.br
Atendimento: 3ª a 6ª, das 14h às 16h30

CEMINA – Comunicação, Educação e Informação em Gênero
Madalena Guilhon – coordenadora de comunicação
Projetos na área de comunicação
Rio de Janeiro/RJ
(21) 262-1704 / 262-6454
cemina@cemina.org.br
http://www.cemina.org.br

Central Disque-Denúncia RJ
Simone Nunes
Projeto: DD Mulher (Disque-Defesa Mulher)
Rio de Janeiro/RJ.
(21) 2253-1177
nvd@disquedenuncia.org.br
http://www.disquedenuncia.org.br

Centro de Defesa da Vida
Orientação jurídica, cursos e oficinas de auto-estima para mulheres em situação de violência
Duque de Caxias/RJ
(21) 3774-3993


CEPIA – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação
Jacqueline Pitanguy – socióloga
Leila Linhares Barsted – advogada
Projeto: Programa Internacional em Direitos das Mulheres
Rio de Janeiro/RJ
(21) 2558-6115 / 2205-2136
cepiasandra@cepia.org.br; mariaelvira@cepia.org.br
http://www.cepia.org.br

Criola
Lucia Xavier – coordenadora geral de projetos
Projeto: Orientação e apoio às mulheres vítimas de violência racista, sexista e homofóbica
Rio de Janeiro/RJ
(21) 518-6194 / 2518-7964
criola@alternex.com.br

Instituto Noos
Carlos Eduardo Zuma - psicólogo
Rio de Janeiro/RJ
(21) 2579-2357
carloszuma@noos.org.br; noos@noos.org.br; administracao@noos.org.br
http://www.noos.org.br

Instituto Promundo
Verônica Barbosa – coordenadora de Desenvolvimento Institucional e Comunicação
Projeto: Programa M (trabalho de empoderamento de mulheres jovens de comunidades de baixa renda)
Rio de Janeiro/RJ
(21) 2544-3114
v.barbosa@promundo.org.br / promundo@promundo.org.br
http://www.promundo.org.br

Ipas Brasil
Leila Adesse – presidente
Projetos: Medidas e intervenções recomendadas para tratar do problema da violência contra a mulher (2001); Violência, gravidez indesejada e aborto
Rio de Janeiro/RJ
(21) 2532-1939 / 2532-1930 / 2210-1870
ladesse@ipas.org.br
http://www.ipas.org.br/violencia.html

Movimento de Mulheres em São Gonçalo
Centro - São Gonçalo/RJ
(21) 2606-5003 / 8162-4071
mulheresmmsg@ig.com.br
http://www.movimentomulheressg.com.br

Observatório da Infância
Lauro Monteiro Filho – editor
Rio de Janeiro/RJ
http://www.observatoriodainfancia.com.br

RIO GRANDE DO NORTE


Coletivo Leila Diniz – Ações de Cidadania e Estudos Feministas
Analba Brazão Teixeira – coordenadora geral
Projeto: Ações de enfrentamento à violência contra a mulher
Natal/RN
(84) 3201-9587
analba@coletivoleiladiniz.org.br
http://www.coletivoleiladiniz.org.br

RIO GRANDE DO SUL


ACMUN – Associação Cultural de Mulheres Negras
Elaine Oliveira Soares – coordenadora geral
Projeto: Observatório de Políticas Públicas de Gênero e Raça em Porto Alegre
Porto Alegre/RS
(51) 3212-6895
acmun@acmun.com.br
http://www.acmun.com.br

Associação Casa de Passagem do Vale
Silvia Cristina Feldens Wiehe – presidente
Casa-abrigo regional que abriga mulheres e filhos e atende o agressor
Vale do Taquari/RS
(51) 3748-6912
acpv@casadepassagemdovale.org.br
http://www.casadepassagemdovale.org.br

CECA - Centro Ecumênico de Evangelização, Capacitação e Asessoria
Maribel Lindenau - assessora de comunicação
Projeto: Tramando contra a violência de gênero
São Leopoldo/RS
(51) 3568-2548
ceca@ceca-rs.org
http://www.ceca-rs.org

Coletivo Feminino Plural
Télia Negrão – coordenadora geral
Projeto: Capacitação de agentes públicos na área de prevenção da violência de gênero
Porto Alegre/RS
(51) 3221-5298
femininoplural@pop.com.br
http://www.femininoplural.com.br

Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
Télia Negrão
Projeto: Violência e Saúde da Mulher
Porto Alegre/RS
(51) 3228-7908
redefeminista@redesaude.org.br http://www.redesaude.org.br
Themis – Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero
Rúbia Abs da Cruz – coordenadora da Advocacia Feminista
Márcia Veiga – assessora de Comunicação
Projeto: Acesso à justiça e a prova nos crimes sexuais
Porto Alegre/RS
(51) 3212-0104
themis@themis.org.br
http://www.themis.org.br

SANTA CATARINA


Associação Casa da Mulher Catarina
Neusa Freire Dias – presidente do Conselho Deliberativo
Projeto: Monitoramento da violência contra a mulher em Santa Catarina
Florianópolis/SC
(48) 223-8010 / 223-1463
Neusa-dias@uol.com.br

SÃO PAULO


Amzol – Associação de Mulheres da Zona Leste
Maria Aparecida de Lima – presidente
Dentro da Amzol funciona o Centro Maria Miguel, que atende mulheres vítimas de violência
São Paulo/SP
(11) 956-8393 / 6581-31 35
amzol@ig.com.br


Asbrad – Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude
Dalila Eugênia Maranhão Dias Figueiredo – presidente
Projeto: Pacificando a família (trabalho com mediação familiar); atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e sexual, incluindo tráfico internacional de mulheres
Guarulhos/SP
(11) 6440-6421 / 6409-9518
asbradguarulhos@ig.com.br

Casa da Mulher Lilith
Marli Machado Martins – vice-presidente
São Paulo/SP
(11) 6917-3710
Projeto: Prevenção da saúde e assistência jurídica às mulheres vítimas de violência
casalilith@uol.com.br

Casa de Cultura da Mulher Negra
Alzira Rufino – coordenadora
Projeto: Ação contra a violência
Santos/SP
(13) 3877-9455
ccmnegra@uol.com.br
http://www.casadeculturadamulhernegra.org.br


Casa de Isabel
Centro de Apoio à Mulher, à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência Doméstica e Situação de Risco
Priscila Marques Alamiro – diretora
Projeto: Assistência jurídica e psicossocial a mulheres, crianças e adolescentes em situação de risco; desenvolve trabalho com o agressor
São Paulo/SP
(11) 6560-6043 - Depto. Jurídico (11) 6571-3034
casadeisabel@terra.com.br

Casa Sofia
Celina A. Simões Grigoleto – coordenadora geral
Projeto: Orientação jurídica, assistência social, atendimento individual e em grupo às mulheres vítimas de violência
(11) 5831-5387; para casos de violência: 0800-7703053
casasofia@uol.com.br

Católicas pelo Direito de Decidir – Brasil
Regina Soares – coordenadora de projetos
Projeto: Violência de Gênero na Igreja Católica
São Paulo/SP
(11) 3541-3476
cddbr@uol.com.br
http://www.catolicasonline.org.br



CCR – Comissão de Cidadania e Reprodução
Tânia Lago – coordenadora de programa
São Paulo/SP
Projeto: Violência sexual contra mulheres, criança e jovens
(11) 5574-0399
ccr@cebrap.org.br
http://www.ccr.org.br

CEERT – Centro de Estudos e Relações de Trabalho e Desigualdades
Hedio Silva Junior – diretor
Projeto: Questão racial e saúde das mulheres
São Paulo/SP
(11) 6978-8333
ceert@ceert.org.br
http://www.ceert.org.br

Cemicamp - Centro de Pesquisas Materno-Infantis de Campinas
Projeto: Pesquisa a prevalência da violência de gênero, física e sexual, seus fatores e conseqüências
Campinas/SP
(19) 3289-2856 / 3289-3207
cemicamp@cemicamp.org.br
http://www.cemicamp.org.br

Central Disque-Denúncia Campinas
Vera Rosa
Atendimento telefônico a mulheres em situação de violência
Campinas/SP
(19) 3236-3040
ddcampinas@terra.com.br
http://www.disquedenunciacampinas.com.br

Centro de Integração Social das Mulheres
Ilza Souza Ribeiro – coordenadora geral
Projeto: Atende mulheres em situação de prostituição
São Paulo/SP
(11) 3209-4448

CES – Centro de Educação para a Saúde
Projeto: Masculinidade e Cidadania
Santo André/SP
(11) 4990-8029
cesabc@cesabc.org.br
http://www.cesabc.org.br


CEVAM – Centro Vergueiro de Atenção à Mulher
Maria Angélica da Silva Fidélis – coordenadora de projetos
Projeto: Construção de álbum sobre violência (moral, sexual e física) contra as mulheres
São Paulo/SP
(11) 5014-7800
angelica@cevam.org.br
http://cevam.org.br

CIM - Centro Informação Mulher
Encaminhamento de mulheres em situação de violência
São Paulo/SP
(11) 3256-0003
centroimulher@ig.com.br


Cladem/Brasil – Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher
Silvia Pimentel – coordenadora
São Paulo/SP
(11) 5181-1636
cladem@uol.com.br
http://www.cladem.org/ (espanhol, português e inglês)



Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde – São Paulo
Simone Grilo Diniz – médica, coordenadora e pesquisadora
Projeto: 25 anos de luta contra violência às mulheres no Brasil – alcances e limites
Atendimento telefônico para mulheres e homens (inclusive agressores) sobre questões de sexualidade, saúde e violência.
São Paulo/SP
(11) 3034-2321 (Disque SOS) / 3812-8681 (secretaria CFSS)
cfssaude@uol.com.br
http://www.mulheres.org.br

Ecos – Comunicação em Sexualidade
Sandra Unbehaum
Projeto: Violência de gênero - o que pensam os nossos jovens
São Paulo/SP
(11) 3255-1238
ecos@ecos.org.br
http://www.ecos.org.br


Fala Preta – Organização de Mulheres Negras
Gláucia Matos – coordenadora de projetos
Projeto: Articulando redes de atendimento às mulheres vítimas de violência
São Paulo/SP
(11) 3277-4727
falapreta@falapreta.org.br
http://www.falapreta.org.br

Geledés – Instituto da Mulher Negra
Sonia Nascimento – diretora
Projeto: Assistência jurídica e psicossocial às mulheres em situação de violência
São Paulo/SP
(11) 3331-1592
gimnegr@uol.com.br
http://www.geledes.org.br

Instituto Socioambiental
Marta Azevedo
Programa Rio Negro
São Paulo/SP
(11) 3660-7949
martzev@socioambiental.org
http://www.socioambiental.org


Oficina dos Direitos da Mulher
Norma Kyriakos – coordenadora geral
Projeto: Atendimento e orientação jurídica/pessoal às mulheres
São Paulo/SP
(11) 3091-4180 / 3091-4110
oficinadosdireitosdamulher@enetmail.zzn.com

Pró-Mulher, Família e Cidadania
Célia Regina Zapparolli – presidente, advogada/mediadora
Projetos: PGE – Mediação de conflitos intrafamiliares
São Paulo/SP
(11) 3812-4888 / 3816-6592
contato@promulher.org.br; muszkat@uol.com.br; crzapparolli@uol.com.br
http://www.promulher.org.br

Rede Mulher de Educação
Maria José Lopes Souza ou Vera Vieira
São Paulo/SP
Projetos de capacitação em violência de gênero
(11) 3873-2803 / 9647-9497
rdmulher@redemulher.org.br
http://www.redemulher.org.br


Serviço à Mulher Marginalizada
Sueli M. do Nascimento (presidente) e Iolanda T. Ide (vice-presidente)
São Paulo/SP
(11) 3228-6097 / 3288-4955
Projeto: Combate ao tráfico de mulheres e meninas
smm@smm.org.br
http://www.smm.org.br

SOF – Sempreviva Organização Feminista
Myriam Nobre – coordenadora de projetos
Projeto: Pesquisa sobre violência contra a mulher
São Paulo/SP
(11) 3819-3876
sof@sof.org.br
http://www.sof.org.br

SOS Ação Mulher e Família
Campinas/SP
(19) 3236-1516 / 3232-1544 / 3235-3901
sosmulher@sosmulher.org.br
http:// www.sosmulher.org.br

União de Mulheres de São Paulo
Maria Amélia de Almeida Teles – coordenadora de projetos
Projeto: Centro de orientação e formação de mulheres
São Paulo/SP
(11) 3106-2367 / 3283-4040
uniaomulher@uol.com.br



TOCANTINS


Casa da Mulher 8 de Março
ONG Encanto – Entidade Casa da Mulher no Tocantins
Bernadete Aparecida Ferreira – presidenta
Projeto: Formação e capacitação de lideranças comunitárias na área da violência
Palmas/TO
(63) 224-3645
casadamulher_to@yahoo.com.br
Bernadete_ap_ferreira@ibest.com.br

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

HAWA ABDI, MULHER DO ANO DE 2010!!!



DRA. HAWA ABDI E SUAS FILHAS

A Dra. Hawa, ou Mama Hawa como é conhecida, realiza um trabalho maravilhoso na Somália junto com as filhas, também médicas, cuidando de centenas de crianças em uma escola/hospital. A Somália está em guerra há mais de 20 anos e o sistema médico de atendimento foi demolido, assim como boa parte do país. Hawa persiste há décadas. Eliza Griswold, escreveu o livro "The Tenth Parallel": "A dra. Hawa e suas filhas, Amina e Depa construíram uma cidade de cura no meio do caos brutal da guerra". Ela e suas filhas foram incluídas pela revista americana Glamour em seus prêmios Mulher do ano de 2010.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

COM UMA MULHER NA PRESIDÊNCIA, MAIS GAROTAS VÃO CONSIDERAR A POLÍTICA UMA OPÇÃO DE CARREIRA


“Com uma mulher na presidência, mais garotas vão considerar a política uma opção de carreira”

O americano Mark P. Jones, chefe do departamento de ciência política da Rice University em Houston, no Texas, estuda a participação das mulheres na política da América Latina e afirma que uma das consequências da eleição de Dilma Rousseff (PT) à presidência do Brasil, neste domingo (31), deve ser o aumento do interesse de mulheres jovens por política, como aconteceu no Chile depois do mandato de Michelle Bachelet. Co-autor do livro Women in Executive Power: A Global Overview, que será publicado em março de 2011, Jones afirma que as mulheres continuam sub-representadas no poder, mas houve uma mudança positiva: muitas das mulheres eleitas fizeram carreira independente na política – e não devem seu cargo a maridos poderosos, como no passado.

A presença de mulheres na política da América Latina tem aumentado, mas elas ainda são minoria. Por que isso acontece?
Mark P. Jones – O aumento aconteceu principalmente a partir da década de 1990 e foi muito pequeno, por isso as mulheres continuam sub-representadas, especialmente no poder executivo. Houve avanços no poder legislativo, especialmente nos países que adotaram políticas de cotas, como a Argentina, a Costa Rica, a Bolívia e o Peru. Um dos problemas é a questão do tempo: a participação ativa e independente de mulheres na política só começou na década de 1980 e demora um pouco até que elas atinjam o topo. Precisam primeiro assumir ministérios, a presidência do Congresso, governos de estados e prefeituras importantes, que podem ser considerados cargos intermediários para disputar a presidência.

É possível ver progressos na participação feminina no poder executivo?
A mudança mais encorajadora é a transição de mulheres eleitas principalmente por sua ligação com um político poderoso para mulheres eleitas de forma independente, por mérito próprio. Violeta Chamorro, da Nicarágua, e Mireya Moscoso, no Panamá, foram eleitas porque seus maridos, políticos influentes, haviam morrido, e os partidos as usaram para manter-se viáveis na disputa pela eleição. Mais recentemente, começando por Michelle Bachelet, presidente do Chile; Laura Chinchilla, presidente da Costa Rica; Kamla Persad-Bissessar, primeira-ministra de Trinidad-Tobago, e Dilma Rousseff, presidente do Brasil, vemos políticas que chegaram ao poder de maneira independente, sem ter nenhum parentesco com políticos importantes. Essa é uma mudança muito positiva.

Embora não sejam mulheres ou filhas de políticos importantes, Dilma Rousseff e Laura Chinchilla tiveram o apoio, em suas campanhas, de Lula e Óscar Arias Sánchez, os presidentes então em exercício no Brasil e na Costa Rica.

Claro que é possível dizer que Dilma Rousseff ou Laura Chinchilla só foram eleitas porque tiveram o forte apoio de presidentes que estavam deixando o mandato, mas elas, por si próprias, chegaram a posições [Dilma como ministra e Laura como vice-presidente] que as colocaram como opções na sucessão. Acredito que as pessoas estejam focando na participação de Lula porque toda a estratégia da campanha baseou-se na forte presença do presidente dizendo ao povo que o voto pela continuidade era o voto em Dilma. Mas, uma vez eleita, a estratégia de comunicação deve mudar completamente. Até agora, foi feito todo o possível para mostrar que Dilma e Lula são iguais com o objetivo de ganhar votos. Depois disso deve haver uma separação para mostrar que Dilma não é uma marionete de Lula, que ela é independente e tem suas próprias políticas.


Nesse sentido, é possível dizer que o fato de a Argentina ter tido duas mulheres na presidência não necessariamente indica que elas tenham uma participação mais efetiva na política local?
A presidência de Isabelita Perón foi muito circunstancial, que só aconteceu por causa da morte de seu marido. Ela assumiu o poder na marra, não era uma política poderosa. Cristina Kirchner também só chegou à presidência por influência de seu marido. Nos bastidores, Néstor Kirchner continua controlando muitas ações da administração Cristina Fernández. Em muitos aspectos, com a eleição de Dilma Rousseff, é possível dizer que o Brasil avançou muito mais do que a Argentina com suas duas mulheres na presidência.

Embora não seja uma questão relacionada ao gênero, há também um debate sobre qual será a relação de Dilma com Lula durante o mandato. Há quem tema que ele seja uma influência tão grande no poder quando se pensava que Vladimir Putin, ex-presidente e agora primeiro-ministro da Rússia, teria sobre o novo presidente Dimitri Medvedev. Mas Medvedev parece ter conseguido se desvencilhar um pouco das rédeas de Putin. Como o senhor vê essa questão?
Em geral é exatamente isso o que acontece: o atual líder acredita que vai continuar no poder mas, quando a outra pessoa assume o cargo, ela tem o controle formal proveniente da presidência e, com o passar do tempo, se torna cada vez mais autônoma. É impossível comparar o que acontece na Rússia com o que acontece no Brasil porque a Rússia é praticamente uma ditadura enquanto o Brasil é uma democracia. Como primeiro-ministro, Vladimir Putin tem muito mais chance de influenciar o governo do que Lula ao término de seu mandato. A influência de Lula é seu legado e isso deve diminuir com o tempo.

Qualquer político – homem ou mulher – terá dificuldades para suceder Lula, um político extremamente carismático e bem avaliado pela população. Mas o fato de Dilma Rousseff ser a primeira mulher a assumir a presidência faz com que ela tenha uma tarefa mais árdua pela frente?
A tarefa de suceder um líder tão popular como Lula é difícil para homens e mulheres, mas as pessoas vão usar o gênero contra ela e podem ser rudes. Vão dizer que, porque ela é mulher, chegou ao poder despreparada. Políticos, jornalistas e especialistas tendem a julgar mulheres por padrões muito mais rígidos. Mulheres também são julgadas por coisas que homens jamais seriam julgados, como a roupa, a aparência. Ninguém teria questionado a relação de Lula com seu candidato se fosse um homem, por exemplo. Lula seria considerado uma espécie de mentor e isso seria considerado absolutamente normal.

É possível avaliar as consequências para a sociedade e para as mulheres da ascensão das mulheres ao poder executivo
Há muito poucos casos para que saibamos de fato quais são as consequências para a sociedade. Porém, sabemos que há um efeito positivo em como mulheres jovens veem a carreira política. O fato de uma mulher se tornar presidente do país significa que garotas que estão no Ensino Médio e na universidade passam a considerar a política como uma opção viável de carreira. Elas conseguem ver um modelo bem-sucedido e, a partir disso, começam a olhar para a política de maneira diferente. No Chile, Michelle Bachelet teve um forte efeito sobre como as mulheres, particularmente as mais jovens, viam a política, participavam do sistema político e viam seu futuro na política. Podemos ver algo parecido acontecer no Brasil.

É viável pensar em igualdade de sexos na política?
Claramente as mulheres trazem ideias diferentes, talentos diferentes para as cenas políticas. É uma nova contribuição e podemos esperar que alguns problemas que não foram priorizados por políticos do sexo masculino até agora ganhem mais atenção. Seja a violência doméstica, a educação infantil, a saúde da mulher ou outras questões que o status quo masculino tenha deixado de lado. Isso assumindo que a mulher que ocupar a presidência esteja disposta a priorizar essas questões. Foi o que aconteceu na administração de Michelle Bachelet, mas não na de Cristina Kirchner, por exemplo.

Mas é desejável que mulheres na presidência privilegiem políticas focadas em mulheres? Isso não pode levar a distorções?
Primeiro é preciso perguntar se os problemas relacionados às mulheres foram tratados de maneira justa, com a atenção merecida, pelos presidentes anteriores. Talvez alguns assuntos tenham sido tratados adequadamente. Mas outros não tenham entrado em pauta nem tenham recebido a devida atenção, embora sejam importantes. Nesses casos, o papel da mulher na presidência é corrigir isso.

Alguns países da América Latina estabeleceram cotas para mulheres no Parlamento, entre eles a Argentina, a Costa Rica e o Peru. As cotas são uma boa solução para aumentar a participação das mulheres na política?
A primeira questão é saber se a sociedade está satisfeita com a representação feminina na política. Se ter 5, 10, 15% de mulheres na política é considerado uma situação indesejável, a única forma de resolver o problema no curto ou médio prazo é estabelecer cotas. As cotas são positivas na medida em que aumentam a presença feminina em cargos políticos e em outros cargos dentro da administração pública, os cargos de segundo escalão. Na Argentina, a adoção de cotas fez a presença feminina sair de 5% para 35, 40% do Congresso. O mesmo na Costa Rica e no Peru. Outros países como México, Honduras e República Dominicana adotaram cotas com menor ou maior rigor. O Brasil também adotou cotas para candidatos a deputado, mas a lei foi redigida de modo a permitir que os partidos não a seguissem.

A lei diz que 30% dos candidatos potenciais devem ser mulheres. Um partido pode apresentar 100 candidatos para concorrer a 50 vagas de deputado estadual, por exemplo. A lei diz que 30 vagas teriam que ser preenchidas por mulheres, mas também que o partido não precisa preencher todas as vagas. O partido pode ter, então, 70 homens e nenhuma mulher. Por isso, na prática, de 10 a 15% dos candidatos são mulheres e, por consequência, 10% dos deputados eleitos são mulheres. Entre os países que adotaram cotas, o Brasil é o país que tem o percentual mais baixo de mulheres na Câmara.

Fonte: Época

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ONU LANÇA CARTILHA COM ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA


A cartilha é um material de apoio para as mulheres vítimas de violência e para pessoas que atuam no enfrentamento à violência contra a mulher



A publicação "Direitos da Mulher: Prevenção à violência e ao HIV/AIDS" foi lançada pelo ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) em parceria com a ONU Mulheres, o UNFPA (Fundo de Populações das Nações Unidas), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o UNAIDS (Programa Conjunto das Naçoes Unidas sobre HIV/Aids).

O guia traz orientações direcionadas às mulheres sobre as diversas situações de violência de que podem ser vítimas e sobre como se prevenir e buscar ajuda. Traz também informações sobre direitos sexuais e reprodutivos e as formas de prevenção ao HIV/AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis.

A cartilha lista os telefones e endereços de instituições que oferecem apoio a mulheres que sofreram violência no Amazonas e na Bahia. A publicação, distribuída nos dois estados, está disponível também em versão eletrônica.