FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
WJDW

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

MOVIMENTO DEFESA DA MULHER VAI ÀS RUAS!!!




Pessoal, vamos iniciar nosso movimento nas ruas do Rio, e convidamos todas(os) a participarem. Estou fazendo o texto, panfletos e camisetas DEFESA DA MULHER, vamos para às ruas companheiras? acho que o melhor dia é domingo ou sábado, o que vocês acham? É HORA DE AGIR!!!!! PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!

Quem quiser participar entrar em contato pelo tel: 21 9968-8114.
E-mail: defesadamulher8@gmail.com

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Organizações feministas lançam campanha ‘Mais Mulheres ao Poder’



NO BRASIL

O site www.maismulheresnopoderbrasil.com.br está no ar desde setembro de 2008 e faz parte da Campanha “Mais Mulheres no Poder: Eu assumo este compromisso!”, iniciativa do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos e da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Lançado na ocasião das eleições 2008, em sua primeira etapa de existência, o site informou e estimulou a discussão, a reflexão e o debate sobre a presença das mulheres nos espaços de poder e decisão nos Poderes Executivo e Legislativo.

Em setembro de 2009, foi inaugurada uma nova fase, com a incorporação de três novas áreas temáticas: Judiciário, Empresa e Sociedade, consolidando as propostas do capítulo V do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que visa a autonomia, empoderamento e estímulo à ampliação da participação feminina nos cargos de decisão no Executivo, Legislativo e Judiciário, nos partidos políticos, nas empresas públicas e privadas e em entidades representativas de movimentos sociais.

Consideramos que para o aperfeiçoamento e consolidação da democracia, existe a necessidade de pensar, discutir e transformar a situação de subrrepresentação da mulher nos espaços de poder e decisão, promovendo uma participação igualitária, plural e multirracial. As mulheres são mais da metade da população e do eleitorado, têm maior nível de escolaridade e são quase a metade da população economicamente ativa do país. Entretanto não chegam a 20% nos cargos de maior nível hierárquico no Parlamento, nos Governos Municipais e Estaduais, nas Secretarias do Primeiro Escalão do Poder Executivo, no Judiciário, nos Sindicatos e nas Reitorias. Apenas nas Empresas elas já conseguem alcançar o percentual de 20% de chefes. Uma cultura de divisão sexual do trabalho, preconceito e subalternidade ainda dificulta a autonomia e presença feminina nas decisões cruciais à vida da comunidade.

Dessa forma, o objetivo da Campanha “Mais Mulheres no Poder: Eu assumo este compromisso!” é promover uma ação transformadora de estruturas de poder e das instituições, assim como de cultura e mentalidade que gerem novas relações sociais entre mulheres e homens no Brasil.

NO CHILE


Convictas de que o Chile precisa de uma nova ordem social sexual, representantes do Centro de Estudos da Mulher (CEM), Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Mulher (Cedem), Corporação Humanas, Corporação La Morada, Fundação Dialoga, Movimento Pró Emancipação da Mulher Chilena (MEMCH) e Observatório de Gênero e Equidade lançaram há poucos dias a campanha Mais Mulheres ao Poder - Por uma democracia paritária.

A intenção é conseguir a inserção de mais mulheres em cargos de decisão pública e representação popular. As demandas principais se resumem em: nova Constituição Política, fim do sistema binominal, com um sistema eleitoral que garanta a representatividade; leis para a igualdade, com a participação igualitária de homens e mulheres na tomada de decisões públicas; partidos políticos paritários e financiamento preferencial para campanhas de mulheres.

Além destas demandas, Mais Mulheres ao Poder se propõe a gerar um debate com o poder público e a população sobre a urgência de se aprofundar a democracia, acontecimento que não será possível sem a participação das mulheres.

Durante o lançamento da campanha, realizado na Praça da Constituição, as mulheres lançaram um questionamento com o intuito de fazer a população pensar: Você não acha que falta algo à democracia para que ela possa avançar? E a resposta é sim, falta maior participação das mulheres na política, asseguram.

A campanha, não por acaso foi lançada neste ano. 2012 é um ano eleitoral e esta é uma oportunidade para que as mulheres se encorajem a enfrentar uma candidatura nos pleitos locais.

A campanha dispõe de spot, três mini-programas para rádio, folhetos, etiquetas e emblemas. O material está disponível para todos aqueles e aquelas interessados em ajudar a divulgar a campanha na Internet e redes sociais.

Atualmente, as chilenas constituem 53% do eleitorado e 43% da força laboral, mesmo assim, seu poder de decisão é escasso, prova disso é que a participação feminina em cargos de representação popular no país só chega a 12,7%, cifra abaixo da média latino-americana, que é de 20%. No Senado chileno, elas representam 5%, entre os deputados são 13% e no gabinete presidencial, 18%.


Fonte: Adital

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

AGENDA FEMINISTA-2012




AGENDA 2012

Fórum Social Mundial – Porto Alegre – 27 de Janeiro de 2012
17:00 – Projeção do vídeo “Planeta Fêmea” – Rodada de experiências sobre a ECO92. O que significou, quais foram as estratégias vencedoras das mulheres? Facilitadora: Schuma Schumaher (AMB/AFM)

18:00 - O que estará em jogo na Rio+20? (Crise global, economia verde, racismo ambiental, população e direitos sexuais e reprodutivos, modelo de desenvolvimento, sustentabilidade política, ambiental, cultural, social e econômica, etc.) Facilitadoras: Graciela Rodriguez (AMB/AFM-Brasil), Lilian Celiberti (AFM/Cotidiano Mujer-Uruguay), Gigi Francisco (DAWN-Filipinas), Vera Baroni(ANMN/Brasil), Lourdes Huanca (FEMUCARINAP – Peru), dentre outras ….

Fórum Social Mundial – 28 de Janeiro de 2012
09:00 – O processo na ONU, a Comissão Nacional do Governo Brasileiro e Comitê Facilitador da Sociedade Civil (Cúpula dos Povos) – Como nós mulheres estamos nisso?
Moderadora: Nilde Souza (Fórum de Mulheres Paraense/AMB) Facilitadoras: Iara Pietricosvsky (INESC/CFSC); Sascha Gabizon (WECF/ Women Major Group), Graciela Rodriguez (CFSC/AMB/AFM), e Gina Vargas (AFM), a confirmar: Epsy Campbel (Costa Rica) Mar Daza (Peru), dentre outras …..
11:00 – Nossas Estratégias de participação na Rio + 20: Processo (de fevereiro até junho de 2012) + Cúpula dos Povos + Conferência Oficial. Facilitadora: Joluzia Batista (AMB/AFM)
14:00 – Plenária – Proposta dos Grupos e Definições das Estratégias
17:00 – Lançamento da “Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental” pelo Comitê Facilitador da Sociedade Civil na Plenária dos Movimentos Sociais (LOCAL: Usina do Gasômetro)
http://www.abortoemdebate.com.br/wordpress/?p=3126

Curso de formação feminista: tramas e redes para mudar o mundo
Inscrições de 01 a 29/02/2012 nos sítios: www.transasdocorpo.org.br e www.sertao.ufg.br
Mais informações no link: http://www.transasdocorpo.org.br/noticias/curso-de-formacao-feminista-tramas-e-redes-para-mudar-o-mundo

12º Foro Internacional de AWID: Transformando el poder económico para mejorar los derechos de las mujeres y la justicia
Del 19 al 22 de abril de 2012, Estambul, Turquía
La fecha límite para registrarse y obtener la tarifa de registro anticipada ha sido ampliada al 13 (20) de enero de 2012, así que regístrate pronto para aprovechar esta tarifa más baja. http://www.forum.awid.org/forum12/es/inscripcion/

IX Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología y Género
En Sevilla (España), del 31 de enero al 3 de febrero. Lo planteamos como una nueva ocasión para avanzar en el estudio y análisis de los objetivos que se han venido trabajando en las ediciones anteriores.
Sede del Congreso: Facultad de Ciencias de la Educación
Universidad de Sevilla c/Pirotecnia s/n 42023 Sevilla
http://www.oei.es/congresoctg/presentacion.htm

As inscrições para o 6° Concurso Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, realizado pela parceria entre a ANDI – Comunicação e Direitos, e a Childhood Brasil, estarão abertas até o dia 15 de fevereiro de 2012. O tema fixo do concurso é “Imprensa e sociedade aliadas no enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes”, com uma variação para a categoria especial “Exploração sexual de crianças e adolescentes no setor turístico brasileiro“.
Informações: http://www.aads.org.br/wp/?p=1521

Mostra de curtas-metragens sobre gênero
A mostra Curta O Gênero acontece em março e será pontuada por um seminário para discutir o tema
As inscrições estão abertas até 10 de fevereiro de 2012 para proponentes de todo País. Podem participar realizadores maiores de 18 anos, com filmes de, no máximo, 20 minutos de duração, concluídos a partir de 2009. O edital e a ficha de inscrição já estão disponíveis no site do festival: http://www.curtaogenero.org.br/ . Em: http://www.aads.org.br/wp/?p=1621

Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes
Os interessados podem se inscrever no período de 22 de dezembro de 2011 a 30 de março de 2012. Podem concorrer ao Prêmio pessoas físicas ou jurídicas que têm contribuído com a causa da infância no Brasil, nas seguintes categorias: Boas Práticas; Produção de Conhecimento; Cidadania; Protagonismo de Crianças; e Adolescentes e Responsabilidade.
Mais informações no link: http://www.aads.org.br/wp/?p=1628

Convocatoria de la II Edición al Premio “Conchita Palacios”, dirigido a periodistas y estudiantes de la carrera de comunicación
“Porque la vida de cada mujer cuenta” es el lema de este concurso, cuyos temas a abordar están delimitados en violencia sexual, embarazo impuesto y la necesidad del aborto terapéutico. Los premios están divididos en primer lugar: mil dólares y segundo lugar 700. Para la categoría Estudiantes de Periodismo, el monto es de 500 y 300 dólares, primero y segundo lugar respectivamente. “Pueden ser entrevistas, reportajes, artículos de opinión o ensayos, donde se plantee el impacto de la violencia sexual y embarazo producto de violación en niñas, adolescentes y mujeres, que reflejen la afectación de la ley en la prestación de servicio de salud a víctimas de violencia sexual e incesto”, dio a conocer la organización Ipas, que promueve este concurso. La extensión de los trabajos debe ser de entre tres a cinco páginas. Los mismos serán recibidos de forma impresa y electrónica a la siguiente dirección: del Restaurante La Marsellesa 2 ½ cuadras abajo, casa # 309 Managua, Nicaragua. O a la dirección electrónica: Ochoam@ipas.org . La fecha límite de envío es el 30 de abril de 2012. http://www.elnuevodiario.com.ni/variedades/239259-inspirate-no-violencia

28ª RBA – Desafios Antropológicos Contemporâneos
2 a 5 de julho na PUC-SP
Informações: http://www.sistemasmart.com.br/rba/

Las transiciones en América Latina y el Caribe. Cambios demográficos y desafíos sociales presentes y futuros
Centro de Convenciones “La Torre de los Profesionales”
Montevideo, Uruguay, 23 – 26 octubre de 2012
http://www.alapop.org/2009/index.php?option=com_content&view=article&id=887&Itemid=518

2013

17th World Congress of the International Union of Anthropological and Ethnological Sciences, which has the overall theme “Evolving Humanity, Emerging Worlds”. The congress will be held in the city of Manchester, United Kingdom, from Monday, August 5 to Saturday, August 10, 2013, hosted by the University of Manchester with the support of Manchester City Council.
http://www.iuaes2013.org/

sábado, 21 de janeiro de 2012

FEMINICÍDIO: A Morte de Mulheres em Razão de Gênero




Feminicídio é a classificação dada pelo movimento feminista para o assassinato sexista de mulheres. Assassinato de mulheres por motivação sexista, de posse.

No Brasil a stuação é bastante séria, um dado alarmante divulgado neste mês é o de que nas cidades mato-grossenses de Cuiabá e Vargem Grande, 95 mulheres foram assassinada por homens nos últimos 50 meses (Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa). Outro dado que revela a natureza escabrosa da realidade das mulheres no Brasil é o alto número de pedidos de informações e relatos de violência que chegam através da central de atendimento à mulher - Ligue 180 do Governo Federal: dos 734.416 registros do ano passado, 108.026 dizem respeito a relatos de violência, sendo que 63.831 referem-se à violência física; 27.433 à violência psicológica; 12.605 à violência moral; 1.839 à violência patrimonial; 2.318 à violência sexual; 447 a cárcere privado; e 73 a tráfico de mulheres.

Já a Fundação Perseu Abramo estima que no Brasil a cada 2 minutos cinco mulheres são agredidas violentamente. Apesar de na última década esta estimativa ter sofrido uma pequena redução, constata-se o recrudescimento destes crimes. São mulheres degoladas, torturadas, mutiladas, violentadas sexualmente até a morte e na maioria das vezes por companheiros ou ex-companheiros.

O feminicídio que se processa no Brasil e na América Latina – 800 assassinatos de mulheres na Guatemala em 2010 - revela que nossa região ainda está absorvida por uma cultura machista e perversa que submete os corpos das mulheres. E o mais estarrecedor, trata-se de mortes anunciadas que iniciam com denúncias de ameaças e agressões que não são verificadas pelo poder público. A impunidade e a banalização da violência contra as mulheres são cúmplices desta realidade.

É preciso denunciar, investigar, punir todos os agressores e matadores de mulheres e meninas. É preciso que a Lei Maria da Penha seja integralmente aplicada, sob o risco de o sistema de segurança e justiça ser considerado omisso e conivente com a violência de gênero.

É preciso que a sociedade se indigne e se mobilize para que nenhum caso de violência seja tolerado. A violência contra mulheres e meninas é algo inaceitável, fere a consciência da humanidade, é uma violação aos direitos humanos. Afeta a saúde, reduz anos e qualidade de vida das mulheres.

O Brasil, como signatário dos documentos internacionais de direitos humanos das mulheres, e tendo uma legislação nacional a ser cumprida, não pode calar-se e omitir-se.

A Ciudad Juarez, no México, foram pouco mais de 300 mulheres em um ano, são crimes de ódio contra as mulheres. "As mulheres eram atacadas nas madrugadas, quando saiam de bares, boates ou quando iam para o trabalho antes do sol nascer. Logo eram encontradas mortas e estupradas em matagais. As autoridades ao invés de tentar conter a matança, estimularam os criminosos, encobrindo pistas e prendendo inocentes. O prefeito afirmou que as mulheres que foram assassinadas mereceram morrer, porque se vestiam de forma provocante. Lançou uma campanha que dizia “Seja homem, cuide da sua mulher” e decretou toque de recolher na cidade, impedindo que os cidadãos circulem nas ruas depois das 23:00h". (WAINER, João)


Petição pública alerta para alto índice de feminicídio no Brasil

A Campanha Ponto Final na Violência contra as Mulheres e Meninas, por meio de uma petição pública, busca sensibilizar autoridades e a sociedade brasileira para os altos índices de assassinatos de mulheres no Brasil e suas semelhanças com o feminicídio verificado em toda a América Latina e Caribe.


A campanha, coordenada pela Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Rede de Homens pela Equidade de Gênero e Coletivo Feminino Plural, divulgou, de acordo com dados do Instituto Zangari, que entre os anos de 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio – índice de 4,2 assassinatos por 100 mil habitantes. O que coloca o país em 12º lugar no ranking mundial de assassinato de mulheres.

As cidades brasileiras registraram altos índices de violência de gênero. Segundo dados das organizações, mais de 50 municípios no país têm índices de homicídio maiores que 10 por 100 mil habitantes. Em primeiro lugar está o Espírito Santo, com índices de 10,3 assassinatos de mulheres por 100 mil habitantes.

Fonte: CAMPANHA PONTO FINAL NA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E MENINAS
Avenida Salgado Filho, 28, cj 601 – POA/RS – Fone 51 32124998.
www.campanhapontofinal.com.br

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

CARTA AOS PATROCINADORES DO BBB 12




AS EMPRESAS PATROCINADORAS DO BBB 12: FIAT, NIELY, UNILEVER (SABÃO OMO), GUARANÁ ANTARCTICA, CERVEJA DEVASSA.


Prezadas Senhoras, prezados Senhores,


Representamos mulheres e homens de todo o país que se sentiram indignados diante da barbárie cometida e apresentada em rede nacional durante o programa Big Brother Brasil, 12a. edição, patrocinado por sua empresa.



No amanhecer do dia 15 de janeiro, depois de uma festa patrocinada dentro do reality show supracitado, o participante Daniel Echaniz deitou-se na cama em que Monique Amin, também participante do programa, estava dormindo. Durante mais de três minutos, ficou sobre a moça desacordada, em um nítido e inegável movimento de vai-e-vem, claramente condizente com o ato sexual. Em momento algum Monique Amin se moveu. Após o ato, foi deixada sobre a cama desacordada e indefesa como antes. O referido crime cometido por Daniel foi filmado e transmitido ao vivo para todo o Brasil.



Nesse momento, quem assina o pay-per-view do programa, pôde ler no site a seguinte notícia: “Está rolando o clime (sic) entre Daniel e Monique debaixo do edredom. Ele se mexe, parece acariciar a sister, mas a loira não se move.” Há uma equipe paramédica de plantão na produção do programa para qualquer emergência. Se Monique tivesse desmaiado na pista de dança, seria atendida. Mas ela foi estuprada diante de pessoas que deveriam ser responsáveis por sua segurança, mas que em vez de cumprirem seu dever de socorrê-la, nada fizeram, posicionando-se juntamente com a equipe de filmagem como voyeurs de um crime repugnante e covarde. Diante do crime, a Rede Globo simplesmente mudou o ângulo da câmera e, ao longo do dia, tirou todos os vídeos do estupro da internet. O alerta já havia sido dado. A participante Mayara havia relatado à sempre presente produção ter sofrido abuso por parte de Daniel Echaniz na noite anterior enquanto a mesma dormia.



Não bastando o contexto criado pelo programa, com muita bebida alcoólica e poucas camas, e não bastando a omissão de socorro e a conivência - crime descrito no Art. 135 do Código Penal -, a situação ainda se agravou no dia seguinte, quando a vítima foi convidada ao “Confessionário”, - uma sala privada dentro da casa de confinamento dos participantes -, e submetida a um interrogatório realizado pela produção do programa sobre o ocorrido na noite anterior. Ela, Monique Amin, afirmou que se lembrava de um beijo, mas que não se lembrava de sexo. Em momento algum a produção se prontificou a explicar para a vítima o que havia ocorrido, ou mostrar a ela o vídeo do estupro que já havia sido visto em todo o país, ocultando a realidade e negando a ela seu direito de defesa diante do crime televisionado. O vídeo do interrogatório não foi exibido no programa, também foi retirado do ar, ao passo que a edição tratou a relação de Daniel e Monique Amin como se fosse um “namoro”.



Depois da visita de policiais à casa para realizar o exame de corpo delito, a produção do programa decidiu por excluir o participante Daniel sob a alegação de que ele teria quebrado as regras do programa. Segundo o Art. 1º do artigo 217 do Código Penal, é estupro de vulnerável fazer qualquer tipo de sexo, vaginal, oral, anal, etc, com ou sem penetração, seja entre heterossexuais, homossexuais, homens ou mulheres menores de 14 anos, e também “com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”. Ora, ele não infringiu as regras do programa, pelo contrário, agiu de acordo com as condições que o próprio programa criou. O que ele infringiu foi a lei brasileira.



Após a amena retaliação ao estuprador por parte da produção do reality show, o apresentador do mesmo anuncia à audiência: “o show deve continuar!”.



Diante do crime covarde cometido por Daniel, a Rede Globo posicionou-se de forma pusilânime, punindo-o como se pune uma criança que tagarelou durante a aula. A Rede Globo manteve, durante e após o crime, uma atitude de descaso que fere de forma bárbara as leis de nosso país, omitindo socorro durante o ato, aumentando assim a audiência com as imagens de um estupro. Manipulou informações para distorcer os fatos e sair impune, lesando assim a vítima Monique Amin. Fazendo uso de uma concessão pública para esfregar na cara dos brasileiros a cena de estupro de Monique, desacordada, indefesa.



Pedimos às empresas patrocinadoras que se posicionem diante deste assunto. Que em respeito aos cidadãos de nosso país, cortem todo e qualquer apoio, inclusive financeiro, ao Big Brother Brasil. Pedimos que considerem e afirmem sua credibilidade diante de todo o país desvinculando suas empresas de um programa que infringe o Código Penal Brasileiro por meio da transmissão, manipulação e por meio de cenas criminosas. Como cidadãs e cidadãos brasileiros, que cumprem as leis, afirmamos que a omissão e não posicionamento das empresas patrocinadoras perante a atitude da Rede Globo são uma indicação clara de falta de responsabilidade social.



Atenciosamente,



Movimento Defesa da Mulher (Rio de Janeiro, RJ)

Dente de Leão - Coletivo por Cidadania e Direitos Humanos (Curitiba, PR)

Marcha das Vadias - Salvador (Salvador, BA)

REDE TV FALA DA CARTA QUE NOSSO MOVIMENTO-BLOG ENTREGOU A BONINHO SOBRE O CASO-ESTUPRO NO BBB 12

BBB 12 -Suspeita de Estupro - Defesa da Mulher

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

REPORTAGEM CITA O MOVIMENTO DEFESA DA MULHER

DEFESA DA MULHER ENTREGA CARTA PARA BONINHO DIRETOR DO BBB, COBRANDO OMISSÃO NO CASO BBB 12-ESTUPRO


Jô ALVES RAMOS - JORNALISTA, FEMINISTA E IDEALIZADORA DO BLOG DEFESA DA MULHER E DA PÁGINA DO MESMO NOME NO FACEBOOK.


Matéria publicada no site da TV RECORD- 17/01/2012


Jornalistas e simpatizantes do blog Defesa da Mulher se reúnem no início da tarde desta terça-feira (17), às 13h, em frente à TV Globo, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro. O grupo, que tem mais de 4.900 seguidores no Facebook, está chamando participantes através da rede social, de email e também do Twitter. Elas escreveram uma carta e pretendem entregar à TV Globo.

Segundo Jô Alves, uma das organizadoras do site de relacionamentos, o grupo vai exigir uma explicação da emissora.

link:http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/grupo-de-mulheres-acusa-globo-de-omissao-de-socorro-apos-suposto-estupro-no-bbb-12-20120117.html

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

HOJE, ÀS 13H, MANIFESTAÇÃO CONTRA O BBB-ESTUPRO



Ato de repúdio a violência sofrida pela partipante Monique do BBB 12. Hoje, às 13h, no Jardim Botânico, Rua: Lopes Quinta 303. Todas as capitais estão se mobilizando. No ato será entregue a carta:

ELA TEM O DIREITO DE SABER



Notícias

6º dia

Debaixo do edredom

Está rolando o clime entre Daniel e Monique debaixo do edredom. Ele se mexe, parece acariciar a sister, mas a loira não se move.



Essa mensagem foi exibida para quem assina o pay-per-view do Big Brohter Brasil 12, realizado pela Rede Globo de Televisão. Ela é uma prova da irresponsabilidade da emissora com as pessoas na casa, ao mostrar que, mesmo tendo percebido que Monique estava dormindo, inconsciente, as pessoas que trabalham na produção do programa não fizeram nada. Ou melhor, fizeram: criaram as condições para o estupro, omitiram socorro e lucraram com sua exibição.



Para quem não acompanhou o ocorrido, no amanhecer do dia 15 de janeiro, depois de uma festa patrocinada dentro do reality show, o participante Daniel deitou na cama em que Monique estava dormindo. Durante mais de três minutos se esfregou nela, num movimento sexual de vai-e-vem, sem que ela se movesse. Detalhe: existem menos camas que participantes. Isso foi filmado e transmitido ao vivo para todo o Brasil.



Existe uma equipe paramédica de plantão na produção do programa para atender a qualquer emergência considerada importante. Se Monique tivesse desmaiado na pista de dança, seria atendida. Mas ela foi estuprada diante de pessoas que deveriam ser responsáveis por sua segurança, e que deixaram isso acontecer em sua presença, quando poderiam ter tirado o agressor da cama da vítima. Diante do crime, a Rede Globo simplesmente mudou o ângulo da câmera e, no dia seguinte, tirou todos os vídeos do ocorrido da internet. Não bastasse, a produção, que acompanha tudo o que acontece no programa, já tinha ouvido o alerta de Mayara, que sofreu abuso por parte do mesmo Daniel na noite anterior enquanto dormia. Ela disse que não dividiria mais a cama com ele.




1) Houve estupro?

Sim, houve.

Segundo o §1º do artigo 217 do Código Penal, é estupro de vulnerável fazer qualquer tipo de sexo (vaginal, oral, anal etc, com ou sem penetração, seja entre heterossexuais ou homossexuais, homens ou mulheres) com menores de 14 anos e também “com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”.



Uma pessoa completamente alcoolizada não pode oferecer resistência, que o vídeo mostra claramente essa situação. Como quem assiste ao programa já percebeu, quem participa dele tem amplo incentivo para abusar de bebidas alcoólicas durante essas festas. Mas, como se pode perceber no caso da Monique, depois de ficar vulneráveis não podem contar com a ajuda de ninguém. O fato de ela não lembrar de nada no dia seguinte só confirma essa tese.



2) A Globo é responsável?

A Rede Globo pode vir a ser responsabilizada pelo crime de omissão de socorro, uma vez que a emissora poderia a qualquer hora parar o ato praticado que ela estava filmando. De acordo com o artigo 135 do Código Penal:



Omissão de socorro

Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.



3) O que queremos?



- O que consideramos mais importante é que a vítima possa falar direito por si mesma, ter contato com o mundo exterior, saber o que está sendo falado sobre uma situação que, afinal, é sobre ela. Que ela possa ver a si mesma no vídeo, já que todo o país já pode ver, menos ela, a vítima. Portanto, que a produção do programa Big Brother Brasil 12 mostre à Monique o vídeo com o registro do estupro, para que ela saiba o que ocorreu, já que não se recorda, e tenha liberdade para entender o que viu e se pronunciar. Que a exibição desse vídeo seja transmitida e seja feita em silêncio, por respeito à vítima.

Ressaltamos a importância deste tópico, uma vez que mais importante que discussão em redes sociais, investigação, racismo, briga contra a Globo, o mais importante e primordial que está se perdendo é justamente o bem-estar da vítima, o seu discernimento, seus direitos. Entendemos em primeiro lugar, portanto, que a vítima deve ter acesso às informações do mundo exterior e possa se comunicar com o mundo de fora, e que possa ter acesso às imagens que foram gravadas e que mostram a possível cena de estupro. É necessário dar instrumentos para que a pessoa possa perceber a realidade na qual é o personagem principal. Há muita gente que fala por ela, contra ela, a favor dela. O risco é justamente de perder a vítima em meio à tormenta, ela que deve ser protegida nesta situação. ELA TEM O DIREITO DE SABER.



- Que a Rede Globo preste contas pelo crime de omissão de socorro.

- Que a Rede Globo faça uma retratação e peça desculpas pelo ocorrido.

- Que a Rede Globo atue ao lado dos direitos humanos, fazendo uma ação educativa em relação ao crime de estupro em suas variadas configurações.

- que uma assistente social e uma psicóloga, ou ainda alguém indicado/a pela vítima, possam acompanhá-la para prestar auxílio.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

IRIS APFEL AOS 90 ANOS É O NOVO ROSTO DA M.A.C - FANTÁSTICA!!!!


Iris Apfel é empresária norte-americana, ex-designer de interiores e ícone da moda. Está com 90 anos de idade e é o mais novo rosto da coleção de maquiagem da M.A.C.

Ela é uma das decoradoras mais famosas do mundo e desenha joias belíssimas. Até hoje é consultora de modas e dá palestras sobre estilo. A própria Iris Apfel desenvolveu a coleção completa para a marca, incluindo batons, blush, esmaltes, lápis, máscaras e sombras. Está na matéria sobre a nova coleção da M.A.C. que as cores são inspiradas em uma "ave rara que está sempre à frente do seu tempo".

"Iris Apfel: Envelhecer não é para maricas".

Aos 90 anos de idade, Iris Apfel está mais pop do que nunca. Empresária, designer de interiores e genuíno ícone da moda, a norte-americana ganhou espaço sob os holofotes na última década graças a sua autenticidade e ao seu inconfundível estilo colorido. Entre 2005 e 2006, foi tema da exposição: 'Rara Avis: Selection from the Iris Barrel Apfel Collection', que aconteceu no Metropolitan Museum; em 2007, apresentou peças de seu guarda-roupa para o livro 'Rare Bird of Fashion: The Irreverent Iris Apfel'; em 2011, fechou parceria com a M.A.C. para lançar uma coleção de maquiagem; e ainda anunciou, para 2013, uma linha de óculos em colaboração com a marca eyebobs. FANTÁSTICA!!!!!!!!!!!!!!!!

SIMONE BEAUVOIR- FARIA HOJE 104 ANOS-"NÃO SE NASCE MULHER,TORNA-SE MULHER


Hoje é o aniversário de Simone de Beauvoir. Se estivesse viva, ela faria 104 anos. É dela uma das principais frases do movimento feminista: “Não se nasce mulher, torna-se mulher.” A mulher não tem um destino biológico, ela é formada dentro de uma cultura que define qual o seu papel no seio da sociedade.

Simone Lucie-Ernestine-Marie-Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris, em 1908. Forma-se em filosofia, em 1929, com uma tese sobre Leibniz. É nessa época que conhece o filósofo Jean-Paul Sartre, que será seu companheiro de toda a vida.

Em 1945, ela funda, com Sartre, o combativo periódico Les Temps Modernes.

Escritora e feminista, Simone de Beauvoir fez parte de um grupo de filósofos-escritores associados ao existencialismo - movimento que teria enorme influência na cultura européia de meados do século passado, com repercussões no mundo inteiro.

Em 1949 publica O Segundo Sexo, pioneiro manifesto do feminismo, no qual propõe novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens. Os Mandarins é de 1954; nesse mesmo ano, Beauvoir ganha o prêmio Goncourt.

Simone de Beauvoir morreu em Paris, em 14 de abril de 1986.

Publicou vários livros sendo Segundo Sexo o mais famoso deles. Nesta obra, Simone de Beauvoir fazia uma “chamada às armas” contra a discriminação a que as mulheres continuam a ser sujeitas. Aí escreveu “Ninguém nasce mulher mas sim torna-se mulher.”

“O Segundo Sexo” é uma obra seminal que estabeleceu de imediato uma plataforma de discussão acesa sobre a condição feminina e o(s) feminismo(s). Apesar das várias polêmicas que sempre suscitou, tem servido de referência para a maior parte dos ensaios, debates e discussões posteriores.

Camille Paglia afirmou que ao lê-la, aos dezesseis anos, mudou toda a sua vida: “Teve um grande impacto sobre mim; a minha independência intelectual data dessa momento".

O “Segundo Sexo” continua a ser a obra suprema do feminismo moderno”. Katte Millett baseou “Sexual Politics” na obra de Simone e a australiana Germaine Greer foi nela que se inspirou, principalmente no tratamento do tema do envelhecimento feminino e suas consequências. É possível encontrar notas sobre de Beauvoir em quase todos os estudos femininos.

Quando surgiu, em 1949, “O Segundo Sexo” causou tanta admiração quanto estranheza. Era uma obra vasta, dividida em dois volumes, bem documentada e alicerçada na lógica e no conhecimento e muito pouco “feminina”. Tendo como missão pôr a nu a condição feminina, explorava áreas ligadas à situação da mulher no mundo, englobando história, filosofia, economia, biologia, etc., bem como alguns “case studies” e algumas experiências particulares.

Simone queria demonstrar que a própria noção de feminilidade era uma ficção inventada pelos homens na qual as mulheres consentiam, fosse por estarem pouco treinadas nos rigores do pensamento lógico ou porque calculavam ganhar algo com a sua passividade, perante as fantasias masculinas. No entanto, ao fazê-lo cairiam na armadilha de se auto limitarem. Os homens chamaram a si os terrores e triunfos da transcendência, oferecendo às mulheres segurança e tentando-as com as teorias da aceitação e da dependência, mentindo-lhes ao dizer que tais são características inatas do seu caráter.

Ao fugir a este determinismo, Simone abriu as portas a todas as mulheres no sentido de formarem o seu próprio ser e escolherem o seu próprio destino, libertando-se de todas as ideias pré-concebidas e dos mitos pré-estabelecidos que lhe dão pouca ou nenhuma hipótese de escolha. Assim, a mulher, qualquer mulher, deve criar a sua própria via, mesmo que seja a de cumprir um papel tradicional, se for esse o escolhido por ela e só por ela.