FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

RITA LEE RETIROU SEIOS POR MEDO DE TER CÂNCER



"Prefiro ficar sem peitos e tranquila a ficar com eles e paranoica".

A cantora Rita Lee, aos 62 anos, se diverte. Dona de um espírito naturalmente gozador, a mãe de Beto, João e Antônio e avó de Izabella, 4 anos, não se furtou de falar com seriedade sobre o seu casamento, o processo de envelhecimento e a decisão recente de fazer uma cirurgia preventiva de câncer de mama, retirando os seios. Rita, que ainda se recupera da operação, conta por que decidiu não reconstituí-los com próteses. “Não faz muita diferença. As minhas (mamas) já eram pequenas.”

"Estava para fazer a cirurgia de mamas fazia tempo, mas com a agenda de shows apertada nunca dava para marcar. Acompanhei a saga da minha mãe com câncer e não quero nunca passar por aquilo. Minha ginecologista aconselhou a retirada das mamas, algo que não fez muita diferença, uma vez que as minhas já eram pequenas. Tive três filhos, dei de mamar, prefiro ficar sem peitos e tranquila a ficar com eles e paranoica".

Qual seu conceito de velhice?

A velhice tem um lado cruel, quando pensamos ainda ter 17 anos: toca o telefone, a gente pula do sofá, serelepe, para atender e as costas reclamam, o fígado xinga, as pernas não respondem…e o telefone tocando… Por outro lado me sinto menos burrinha do que quando era jovem.

Considera-se melhor avó do que mãe?

Ser avó é menos responsa, mais leve, mais inesperado para mim que tive três meninos e percebia o mundo através do masculino. Ziza (neta dela, filha de Beto Lee) é vaidosa sem ser peruinha, inteligente sem ser geniazinha, teimosa sem ser praguinha. Interessa-se pelos mistérios do universo e pelas barbies da vida. Fui e sou uma boa mãe, dou palpite só quando sou convidada. Mas como as unhas quando vejo que (os filhos) estão entrando numa fria e não posso falar nada.



Tem medo da morte?

Penso na morte como o grande gozo da vida. Gosto de velórios, mas tenho pavor de enterros. Sou a favor da eutanásia se estiver naquela situação vegetal/terminal.


Por quê?

Minha irmã mais velha morreu aos 38 anos do coração. Eu estava ao lado dela quando se foi para o andar de cima e não foi nada agradável. Assisti ao “You Don’t Know Jack” com Al Pacino no papel do Dr. Kevorkian, um grande defensor da eutanásia e do qual sempre fui fã. Os 138 suicídios assistidos por ele são absolutamente éticos e limpos. Co­mo médico, sua “missão” era pro­videnciar uma morte digna para um doente comprovadamente incurável, mas ainda de posse de suas faculdades mentais. Os humanos com doenças incuráveis que não aguentam mais sofrer em vão deveriam exercer o direito de decidir sobre a própria morte. Mas a “ética médico-cristã” prefere man­tê-los ligados a instrumentos, receitar morfina e dizer: “Deus deu a vida e só ele pode tirá-la.”




Algum desejo para o momento da sua morte? Como gostaria que fosse seu enterro?

(Que fosse) durante o sonho que mais gosto: voando. (No enterro) as rádios tocariam minhas músicas sem cobrar jabás. Todos os canais de tevê fariam especiais. O “Jornal Nacional” terminaria em silêncio só com os créditos rolando. Os fãs carregariam capas de disco, faixas, camisetas num cortejo de choros histéricos (muitos desmaios) em volta do caixão exposto sei lá onde. Quero estar produzida à la Carmen Miranda, a mesma maquiagem que uso no palco. Minha franja não deve sair do lugar. Quero desfilar no carro de bombeiros e finalmente ser cremada numa cerimônia íntima ao som de Bach (rock é coisa de gentinha) para dar clima.


Fonte: site da cantora.

2 comentários:

  1. E quando chegar do outro lado, Rita?
    Quando descobrir que não foram contigo -
    posses, nem títulos?
    Quando se deparar com o corpo que envolveu
    seu espírito na terra em decomposição?
    Tudo muito bizarro o que vc disse.
    Principalmente com relação à eutanásia.
    Nosso corpo morre, mas a consciência vai
    prestar suas contas...
    Sugiro que passe a refletir sobre a vida futura.
    Vamos responder por cada ato, cada palavra, cada
    pensamento um dia.
    Infelizmente, compartilhamos empolgações e
    fraquezas na terra. Como humanos que somos,
    só tem uma explicação, né? Coisas desse nossso
    planetinha inferior em relação ao Universo.
    Sou fã da compositora e da cantora .
    Paz a esse seu horizonte é o que lhe desejo,
    verdadeiramente.
    Ci.

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  2. como sempre, adorei Rita! esta coisa de peitos é quase uma ditadura e, se eu fosse vc (olha o filme) teria medo também desta doencinha crassa. ser avó é padecer no paraíso, mesmo. beijo

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