FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Antologia Mulheres Contra a Violência

Estamos selecionando textos para participar desta Antologia Mulheres Contra a Violência. Conte sua história. Nosso e-mail: zlcomunicacao8@gmail.com

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Conferência Internacional Pelo Fim da Violência Contra Mulheres no Mundo

O Movimento Defesa da Mulher vai promover a Primeira Conferência Internacional Pelo Fim da Violência Contra Mulheres no Mundo. Estaremos debatendo durante dois dias os caminhos da luta pelo fim da violência contra mulheres. 29 e 30 de junho de 2017, em Lisboa. Nosso e-mail: zlcomunicacao8@gmail.com

sexta-feira, 20 de março de 2015

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Defesa da Mulher participa da Ação Global na quadra da Escola de Samba Salgueiro no Rio de Janeiro

Estaremos no dia 26 de abril na quadra da Escola de Samba Salgueiro, das 9 às 17h.

Lançamento do Livro A Silent War. Violence Against Women in Brazil nos EUA.

A jornalista Jô Ramos fundadora do Movimento Defesa da Mulher lança livro nos EUA sobre violência contra mulheres no Brasil.

domingo, 20 de outubro de 2013

Lançamento em Belo Horizonte - 26 de Outubro 2014

A jornalista e escritora Jô Ramos lança seus livros Violência Contra Mulheres. Dê um Basta! e A Mulher e Seus Direitos no dia 26 de outubro, na Livraria Leitura, no Shopping BH, às 15h. Esperamos vocês!!!
Abraços.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A MULHER E SEUS DIREITOS - JÔ RAMOS

O livro A MULHER E SEUS DIREITOS é dedicado a menina paquistanesa Malala Yousafzai que luta para que todas as meninas de seu país possam ir a escola e presta uma homenagem as pioneiras na luta pelo direitos das mulheres negras, no Brasil, como Maria Firmina dos Reis (1825-1917), maranhense, que publicou o livro “Úrsula”, o qual é considerado o primeiro livro abolicionista escrito por uma mulher brasileira, e Antonieta de Barros (1901-1952) jornalista, educadora, escritora e primeira mulher eleita para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina. SEM SABER SEUS DIREITOS NÃO IRÃO A LUGAR NENHUM. #defesadamulher e #amulhereseusdireitos.
Vendas: defesadamulher8@gmail.com

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Defesa da Mulher faz Palestra na Fiocruz - 6 de Agosto de 2013

Minha palestra de hoje, na Fiocruz, foi ótima. Adorei a participação de todos no SEMINÁRIO DIÁLOGOS ENTRE A ACADEMIA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS com o tema Tráfico de Pessoas e Direitos Humanos.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Defesa da Mulher no Complexo do Alemão - 29 de junho de 2013

 
A jornalista e coordenadora do Movimento Defesa da Mulher, Jô Ramos, fez palestra sobre violência contra mulheres no Brasil, na Estação Cultural do Adeus, no Complexo do Alemão, no Rio de janeiro. 29/06/2013.
 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Estupro no Egito - Praça Tahrir


A musicista Yasmine El Baramawy, 30, protestava na icônica praça Tahrir em novembro passado quando, arrastada por uma multidão de homens, foi estuprada repetidas vezes. À Folha ela diz que aterrorizar uma mulher de maneira que ela deixe de se manifestar é, também, uma forma de desrespeitá-la. Ontem, Baramawy voltou à praça, escoltada por amigos. "Aprendi a ir em grupos."
Eu estava na praça Tahrir em 23 de novembro, em um grande protesto contra a declaração constitucional de Mohammed Mursi. Fiquei perto dos confrontos com as forças de segurança.

Naquele dia, todos estávamos unidos contra a Irmandade Muçulmana.
Um pouco após o pôr do sol, quando já estava escuro, um homem me agarrou dizendo que estava me protegendo --só que de uma coisa que não estava ali. Ele começou a me puxar.
No começo, eram 15 homens. Então eles se tornaram uma multidão. Era imenso.
Não sei dizer, talvez uma centena.

Algumas pessoas viram o que estava acontecendo comigo, mas é difícil dizer o que estava ocorrendo. Não sei quantos deles estavam realmente tentando me ajudar. Tudo estava tão confuso...
Muitos manifestantes lutaram por mim ali, mas não era o suficiente. Os estupradores eram muitos, e eles tinham armas. Os ativistas em Tahrir não estão preparados para isso, eles não são membros de gangues ou nada assim.

HUMILHAÇÃO

Eles me estupraram de diversas maneiras com as mãos. Não com o pênis. Um homem veio por trás e me estuprou com um canivete. Uma outra mulher teve a vagina e o ânus abertos com uma faca, foi muito pior.
O que acontece não é só uma violência sexual. São crimes violentos. Eles humilham as mulheres.
Eles abusaram de mim na Tahrir e então me levaram a um canto próximo da praça. Continuaram. Fui arrastada a outra rua, depois mais adiante, então me puseram em cima de um carro e seguiram me estuprando.
Estava de costas, e eles pressionavam as mãos em mim para que eu não pudesse me mover.
Puseram um capuz na minha cabeça e dirigiram até uma região distante. Foi um caminho longo, talvez dez, quinze minutos.
Lá, alguns moradores perceberam o que estava acontecendo e lutaram por mim. Consegui ser resgatada.
Nunca tinha ouvido falar sobre esse tipo de violência no Egito. Eu ainda vejo cenas daquele dia. Às vezes, sinto o estupro no meu corpo. Preciso segurar minhas roupas.
Tenho sonhos ruins também. Fico irritadiça. Tenho alguma coisa dentro de mim e preciso gritar de repente.
Há um grande desrespeito pela mulher no Egito. A maior parte das pessoas pensa que as mulheres são escravas, que são coisas que eles podem comprar. Principalmente os mais velhos.

ESTIGMA

O estupro deixa um estigma na mulher e silencia a família. Isso no mundo todo, não apenas no Egito. Mas, depois que comecei a falar sobre isso, e outras mulheres também, ficou mais fácil de lidar. Tenho, além disso, o apoio dos meus amigos. Muitas pessoas agem como se nada tivesse acontecido, porém.
Acho que é também um desrespeito quando, de alguma maneira, uma mulher é impedida de participar das manifestações por ter medo de estar ali.
Eu nunca me arrependi de ter ido à praça Tahrir. Eu me juntei à revolução, naqueles dias. Essa era a coisa certa a ser feita. Não penso nisso.
Aprendi, agora, a ir em grupos. Naquele dia, estava com outra amiga, que também foi estuprada quando nos separaram. Hoje, meus amigos vão me levar para o protesto. Estou esperando por eles.

Acesse em pdf: Estupro no Egito: Engolida pela praça (Folha de S.Paulo - 08/07/2013)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Finlândia: O Primeiro Parlamento do Mundo a adotar a igualdade entre os sexos.




Em 1906, a assembleia nacional da Finlândia, a Eduskunta, tornou-se o primeiro parlamento do mundo a adotar a igualdade entre os sexos. Ela obteve esse mérito não só ao conceder o direito a voto a ambos os homens e mulheres, mas também ao permitir que homens e mulheres se candidatassem ao pleito eleitoral.
O Parlamento finlandês comemorou o seu centenário em 2006-2007. O sufrágio universal e igualitário foram aprovados na Finlândia em 1906, tendo as primeiras eleições para o Parlamento unicameral sido realizadas em 1907.
Nessa época, a Finlândia ainda era um Grão-ducado autônomo do Império Russo, porém tornou-se independente dez anos mais tarde, em 1917. Desde então, o país já passou por duas Guerras Mundiais e pela Guerra Fria, e tornou-se um país membro da União Europeia.
Os deveres dos órgãos de estado e a distribuição de poderes mudaram, porém o sistema parlamentarista de representação, adotado há mais de 100 anos, comprovou a sua eficácia através de todos esses períodos. O Parlamento incorpora o ideal democrático finlandês.
Uma simples reforma parlamentar significou uma reviravolta substancial na vida política do país. O direito a voto foi pela primeira vez ampliado, sendo concedido a todos os cidadãos adultos do país, independentemente de gênero, classe, riqueza ou posição social.
O número de pessoas com direito a voto aumentou dez vezes: 85% dos homens que não tinham representação na Dieta que antecedia o Parlamento agora poderiam votar ao lado de todas as mulheres, que até então não tinham qualquer direito político.
A Finlândia passou a ser o primeiro país da Europa que permitia o sufrágio universal e igualitário. As mulheres da Finlândia foram as primeiras mulheres do mundo aptas a candidatar-se em eleições nacionais.
Na Finlândia, os poderes de estado são investidos no povo, que é representado pelo Parlamento. O Parlamento promulga a legislação finlandesa e também tem poder de decisão em questões como o orçamento e a aprovação de tratados internacionais.
O sistema parlamentar ainda funciona, em linhas gerais, de acordo com os princípios adotados há mais de cem anos, embora tenham sido introduzidas mudanças na forma de nomeação de candidatos, nos períodos legislativos e no sistema eleitoral.

Duzentos homens e mulheres de todo o país

Duzentos Membros do Parlamento são eleitos por um mandato de quatro anos. As últimas eleições parlamentares na Finlândia foram realizadas em Abril de 2011.
O Presidente finlandês, que também é o Chefe de Estado, é eleito a cada seis anos, os conselhos municipais são eleitos por um mandato de quatro anos e os membros do Parlamento Europeu têm um mandato de cinco anos. Isto significa que há eleições na Finlândia quase todos os anos (por exemplo: eleições presidenciais em 2012, eleições parlamentares em 2011, eleições para os conselhos municipais em 2012, eleições para o Parlamento Europeu em 2014).
Foto: Lehtikuva/Markku Ulander/
Parliament
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A câmara onde atualmente são realizados os debates parlamentares.
A Finlândia adota um sistema multipartidário. Oito partidos estão presentes atualmente no Parlamento: o Partido da Coalizão Nacional (44 representantes), o Partido Social-Democrata (42), o Partido dos "Finns" ou "finlandeses legítimos" (39), o Partido Central (35), a Aliança de Esquerda (12), os Verdes (10), o Partido Popular Sueco (10, incluindo 1 representante da região semiautônoma das Ilhas Åland) e os Democratas-Cristãos (6). Há também 2 deputados independentes que se desligaram da Aliança de Esquerda.
Uma característica do sistema multipartidário é que é pouco provável que um único partido ganhe uma maioria absoluta nas eleições parlamentares, significando que o país é invariavelmente governado por um governo de coalização que desfruta da confiança do Parlamento. O governo é usualmente chefiado pelo líder do maior partido parlamentar, que ocupa o cargo de Primeiro Ministro. O atual Primeiro Ministro é Jyrki Katainen, líder do Partido da Coalizão Nacional. O Partido Social-Democrata, a Aliança de Esquerda, o Partido Popular Sueco, os Verdes e o Partido Democrata-Cristão formam os outros membros do Governo de Katainen.
Os partidos e as associações de distritos eleitorais, compostas por no mínimo 100 pessoas, nomeiam seus candidatos em cada um dos quinze distritos eleitorais.
Os Membros do Parlamento são eleitos em cada distrito eleitoral na proporção da sua população, sendo a média aproximada de um membro de parlamento eleito para representar em torno de 26.000 pessoas.
O maior distrito eleitoral em área e número de habitantes é o Distrito Eleitoral de Uusimaa, que compreende os municípios que circundam a capital, Helsinque, e que elegeu 34 Membros do Parlamento nas últimas eleições.
O menor distrito eleitoral é o Distrito Eleitoral do Arquipélago Åland, representado por um membro de parlamento. A distribuição dos membros de parlamento entre os distritos eleitorais varia conforme as mudanças populacionais. O número máximo de candidatos que cada partido ou associação de distritos pode apresentar em cada distrito eleitoral é o mesmo número de membros de parlamento que serão eleitos para cada distrito.
Os partidos recebem subsídios públicos na proporção do número de assentos que têm no parlamento. Os partidos usam o subsídio para pagar as despesas com as eleições, um custo decorrente do estabelecimento da democracia.
A propaganda das eleições é feita através de cartazes nas ruas, em jornais e, recentemente e com maior frequência, no rádio e na televisão. Os eleitores acompanham ativamente os debates entre os líderes dos partidos e recorrem à Internet para selecionar os seus candidatos com base em programas de pesquisa direcionados às eleições.
Entretanto, em comparação com outros países, as campanhas eleitorais finlandesas são bastante modestas. São raros os grandes encontros públicos e os comícios com candidatos vociferando as suas ideias.

Eleitores incapacitados

As eleições sempre são aos domingos, e os postos eleitorais ficam abertos das 09.00 às 20.00 horas. O voto antecipado é uma característica importante dos sistemas eleitorais parlamentares e presidenciais finlandeses. Este sistema permite aos eleitores antecipar o voto durante um período específico antes do dia da eleição. Os correios são usados para esta finalidade. Todo cidadão que completou 18 anos até o dia da eleição é automaticamente inscrito no cadastro de eleitores. Medidas específicas são adotadas para permitir que eleitores incapacitados e hospitalizados consigam votar.
Todas as pessoas com direito a voto recebem uma notificação indicado a seção eleitoral onde devem votar. Em geral, isto ocorre nas escolas e nas bibliotecas públicas, e os eleitores não precisam deslocar-se muito para votar. O voto é secreto e a identificação de cada eleitor é verificada.
Os comitês eleitorais locais, que são escolhidos pelos conselhos municipais e são responsáveis pelas medidas necessárias, fazem uma contagem preliminar dos votos nos próprios postos eleitorais.
Os resultados das eleições são, de modo geral, divulgados uma hora depois do encerramento da votação. Os resultados são determinados através do uso do método d’Hondt, ou método dos quocientes.

Comitês especiais poderosos

A tarefa mais importante do Parlamento é promulgar leis. Os projetos de lei são, em geral, submetidos à apreciação do parlamento como uma proposta do governo ou, raramente, como um projeto de lei particular de um membro de parlamento. Um debate preliminar é realizado primeiramente para apreciar a proposta do governo, em sessão plenária, sendo em seguida encaminhado à apreciação adicional de um ou mais comitês.
Foto: Simo Rista/Parliament
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Um dos “corredores do poder” no prédio do parlamento.
O Parlamento tem 14 comitês especiais permanentes que analisam áreas diferentes da política e que estão autorizados a fazer mudanças nos projetos de lei apresentados, ou rejeitá-los totalmente. Para os membros de parlamentos, ser membro de um comitê é um cargo muito importante que lhes permite exercer a sua influência.
Uma vez encerrada a etapa de análise pelo comitê, o projeto de lei é submetido à apreciação dos parlamentares, em duas sessões, onde a primeira e a segunda leitura são feitas. Na primeira leitura, o projeto é inicialmente debatido em linhas gerais e depois em detalhe; caso necessário, um voto é lançado quanto ao conteúdo de um artigo da lei.
Na segunda leitura o projeto de lei é aprovado ou rejeitado. São necessários de dois a quatro meses para apreciar a maioria dos projetos no Parlamento; questões urgentes podem ser aprovadas em poucos dias, enquanto projetos de grande alcance podem exigir vários anos para a sua análise. Os projetos de lei e as iniciativas do governo caducam se não forem aprovados até o encerramento do período. As sessões em plenário são abertas ao público, à imprensa e aos visitantes internacionais, que podem acompanhar os trabalhos a partir da galeria aberta ao público, dentro da câmara usada para os debates. Os dignitários em visita ao país, inclusive os chefes de estado, discursam em outras dependências de prestígio.

Parlamento centenário

O espírito que norteia os trabalhos no parlamento finlandês é de reserva e dignidade; debates emocionados, discursos provocadores, gritaria e troca de acusações não fazem parte da sua tradição. A abertura do Parlamento no início de fevereiro é um momento solene que pede um traje discreto à altura da ocasião.



Fonte: Finlândia.fi