FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
WJDW

sexta-feira, 2 de abril de 2010

CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER - 180



A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, criado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) para auxiliar e orientar as mulheres em situação de violência, passa a funcionar todos os dias da semana durante 24 horas. O serviço conta agora com 20 pontos de atendimento e o número de atendentes que antes era de oito passa a ser de 59.

Com isso, a SPM cumpre o compromisso de, após um período funcionando em caráter experimental, ampliar a capacidade de atendimento do Ligue 180, permitindo a melhoria dos serviços oferecidos às mulheres em situação de violência no Brasil.
O funcionamento 24 horas permitirá que as orientações, pedidos de informações e denúncias sejam encaminhadas, inclusive, nos finais de semana e à noite, quando ocorrem os maiores números de agressões. No período experimental, que foi aproximadamente de quatro meses a contar do dia 25 de novembro de 2005, o Ligue 180 funcionou de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h40. A instalação e ampliação da Central é uma demanda antiga dos movimentos feministas e de mulheres e se consolida, agora, como uma política pública do Governo Federal.

O sistema que foi implantado – Administração de Relacionamento com o Cliente – registrará automaticamente a origem da ligação a partir do código de área (DDD), tornando desnecessário solicitar ao usuário informações cadastrais, como o estado e município de origem.

Assim como aconteceu na primeira fase do projeto, as novas atendentes receberam capacitação da SPM e do Instituto Patrícia Galvão em questões de gênero, nas políticas do Governo Federal para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência contra a mulher e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres. A ampliação do Ligue 180 conta com o apoio da Embratel, Eletronorte, Eletrobrás, Furnas e do Disque Denúncia do Rio de Janeiro.

Sudeste lidera em número absoluto de ligações

Após quatro meses de funcionamento, as primeiras estatísticas apontam as regiões Sudeste e Nordeste como líderes em número absoluto de ligações. Nesse período, foram atendidas 7.759 (43,12%) ligações da região Sudeste, sendo São Paulo o estado que mais entrou em contato com a Central (28,75%). Já a região Nordeste aparece com 2.223 ligações (12,36%), sendo a Bahia o estado nordestino com o maior volume de ligações.

Centro-Oeste e DF lideram em número de ligações por cem mil habitantes

Ao comparar o volume de ligações com o número de habitantes por região, as primeiras estatísticas apontam o Distrito Federal com o maior índice de ligações – 27 por 100 mil habitantes. O Estado de Goiás vem em seguida com 16,6 por 100 mil habitantes. São Paulo aparece em terceiro lugar, com 12,9.

O desempenho do Distrito Federal e de Goiás levou a região Centro-Oeste a liderar a taxa média de ligações por 100 mil habitantes, em comparação às demais regiões, atingindo a marca de 14,3 ligações. Em seguida, vem a região Sudeste (10,0) e Sul (7,3). Norte e Nordeste aparecem praticamente empatados com o menor índice.

Os indicadores foram calculados a partir do cruzamento de dados fornecidos pelos usuários atendidos no Ligue 180 no período de 25 de novembro de 2005 (data da inauguração do serviço) até o dia 11 de abril, com a base de dados populacionais da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios do IBGE (PNAD/2004).

Perfil das usuárias

Desde o início do seu funcionamento no dia 25 de novembro de 2005 até o dia 11 de abril deste ano, a Central de Atendimento à Mulher atendeu 17.991 ligações que geraram 20.759 orientações e encaminhamentos. Os dados coletados a partir das ligações atendidas permitiram à SPM traçar o perfil dos usuários dos serviços.

Em geral, os usuários do Ligue 180 são mulheres, casadas ou solteiras, que cursaram somente o ensino fundamental e têm entre 20 a 29 anos. O público feminino responde por 82,67% dos atendimentos, o masculino por 9,68% e o restante não forneceu a identidade. Cerca de 26% das (os) usuárias (os) do Ligue 180 são solteiras (os), 25% casadas (os), 6% divorciadas (os) e 2% viúvas (os). Os demais não forneceram o estado civil.

A maior parte das pessoas que buscaram orientações ou levaram suas denúncias aos serviços da Central tem somente o ensino fundamental, um total de 39%. Já os atendidos com ensino médio somam 28% e com ensino superior, 7%. Menos de 1% das (os) usuárias (os) são analfabetos e 25% não informaram a escolaridade.

A faixa etária predominante é entre 20 e 29 anos (25%) e 30 e 39 anos (21,27%).

Tipos de atendimento

Cerca de 7.083 (39%) usuárias (os) dos serviços entraram em contato com a Central para obter informações gerais sobre leis, tipos de denúncias que podem ser feitas, serviços existentes para atendimento à mulher em situação de violência etc.

Outras (os) 6.913 (38,4%) buscaram informações regionalizadas solicitando endereços e telefones das instituições que acolhem a mulher em situação de violência (Delegacias da Mulher, Casas Abrigo, Defensorias da Mulher, Conselhos dos Direitos da Mulher).

Cerca de 1.957 (11%) usuárias (os) entraram em contato com a Central para denunciar os casos de violência contra a mulher.

Uma análise preliminar da demanda recebida pela Central indica que, apesar do pouco tempo de observação e o caráter experimental do funcionamento, os objetivos do serviço estão sendo alcançados.



Fonte: SPM. Acesse o site da Secretaria para ver os gráficos sobre os números do atendimento do 180.

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