FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
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quarta-feira, 7 de julho de 2010

ENCONTRO REUNIRÁ MULHERES CONTRA A MILITARIZAÇÃO DAS AMÉRICAS



Entre os dias 16 e 23 de agosto, milhares de mulheres e organizações sociais do continente americano estarão reunidas no "Encontro Continental de Mulheres e Povos das Américas contra a Militarização". O local escolhido para ser a sede das discussões não poderia ser outro: Colômbia, país que, além de viver um conflito armado, firmou, em 2009, um Acordo de Defesa e Segurança com Estados Unidos.

A escolha da Colômbia como país para sediar o evento não foi por acaso. De acordo com Sarah de Roure, integrante da Marcha Mundial das Mulheres, o Encontro é fruto do processo de mobilização das mulheres colombianas que se estendeu para o continente. "O conflito colombiano não diz respeito só a Colômbia, as bases [militares] afetam o continente todo", afirma.


Para Sarah, a intenção principal do Encontro é tornar pública a crítica das mulheres à militarização dos territórios e contribuir com o fortalecimento delas na construção de uma agenda de paz. E é justamente a mulher uma das principais vítimas da guerra. "[A militarização] coloca em xeque a autonomia das mulheres", comenta.

Controle dos territórios, aumento da violência contra mulher e prostituição são apenas algumas situações citadas por Sarah recorrentes em áreas de conflito. Segundo ela, o corpo das mulheres é, muitas vezes, utilizado como arma de guerra, ou seja, alvo de estupros e outros tipos de violência.

Além disso, os recursos destinados ao investimento de armas poderiam ser utilizados em outros setores, como saúde, educação. "O orçamento brasileiro para armas é o maior da América Latina", revela, destacando que isso impacta a vida da população, visto que tais recursos poderiam ser revertidos para serviços públicos básicos.

Por conta disso, Sarah explica que a ideia é mostrar para as mulheres que elas são afetadas pela guerra e, por isso, o conflito armado também deve ser um assunto feminino. "A Marcha Mundial das Mulheres quer que a mulher perceba que a guerra é também uma discussão de mulheres porque afeta a vida delas concretamente", destaca.

Dessa forma, os movimentos feministas também reivindicam a participação das mulheres nos processos de negociação de paz. "Para nós, a saída do conflito não é a arma, é a negociação política, que tem que envolver todos os atores armados e também as mulheres", considera.

O Encontro Continental de Mulheres e Povos das Américas contra a Militarização será dividido em três momentos. O primeiro, que ocorre entre os dias 16 e 20 de agosto, consistirá em uma Missão Humanitária formada por 100 delegados/as internacionais que observarão os impactos da militarização em diversas regiões da Colômbia.

O segundo momento será no dia 21, quando mais de 500 organizações nacionais e internacionais participam do Fórum Internacional de Debates e, para finalizar o evento, no dia 23, mais de 10 mil pessoas ligadas a organizações sociais e comunidades que se opõem à militarização fazem uma Vigília pela Vida.

Fonte :http://www.sof.org.br/marcha/

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