FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
WJDW

domingo, 28 de agosto de 2011

FENAJ e ONU MULHERES pedem mais visibilidade das Mulheres na mídia.


A militante dos movimentos negro, de mulheres e LGBT, Neusa das Dores Pereira,e da Ong Coisa de Mulher, não acredita que a escola seja capaz de transformar a cultura do preconceito arraigada na sociedade. A afirmação se deu no curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas promovido pela ONU Mulheres em parceria com a Fenaj.
A ativista provoca os profissionais de comunicação presentes a se co-responsabilizarem pela mudança de olhar para segmentos tradicionalmente excluídos da sociedade – alguns acumulando preconceitos, como mulheres-negras-pobres-lésbicas.

“A revolução não vai acontecer na escola, mas a partir da mídia”





Facilitadora do Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas: Cleidiana Ramos.

Cleidiana Ramos é jornalista e mestra em Estudos Étnicos e Africanos pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) da UFBA. Atualmente, trabalha como repórter especial do jornal A Tarde, sediado em Salvador, Bahia, onde realiza cobertura especializada em temas ligados a identidade negra, cultura afro-brasileira e religiosidade.

É blogger do Mundo Afro, blog especializado em temas relacionados a identidade negra, cultura afro-brasileira e religiosidade, hospedado no Portal A Tarde Online do Grupo A Tarde. No ano passado coordenou a equipe vencedora do Prêmio Banco do Nordeste 2010, nas categorias Mídia Impressa Regional e Mídia Impressa Nacional, com o especial Produtores de Owó, que abordou a participação dos afrodescendentes na economia de Salvador.


Fiquei muito feliz em participar do Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas que teve como objetivo preparar jornalistas, profissionais da imprensa e estudantes de Jornalismo para a abordagem das temáticas de gênero, raça e etnia no trabalho jornalístico, além
de contribuir com a educação continuada de jornalistas profissionais para que, de posse de uma atitude crítica-reflexiva, ética e humanizadora, produzam notícias qualificadas, com profundidade jornalística e com recorte de gênero, raça e etnia.

O Guia para Jornalistas foi o ponto alto do encontro e pertence à agenda de trabalho articulada entre a FENAJ e a ONU MULHERES - Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (antes Unifem).

Com uma equipe qualificada e detentora de vivência em redação e nas questões de gênero e raça, o Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas foi totalmente elaborado a partir da realidade profissional dos/as jornalistas brasileiros/as e do conhecimento das situações de mulheres e da população negra. O enfoque étnico do curso é construído com base nos referenciais da temática indígena, a fim de conciliar a articulação entre os principais grupos vulneráveis no acesso a direitos no país.

Além das consultoras Angélica Basthi (responsável pela metodologia do curso e a organização do plano pedagógico) e Cleidiana Ramos (facilitadora do curso), a jornalista Valdice Gomes (presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas) e o jornalista José Nunes (presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul) formam a coordenação nacional do projeto pela FENAJ, com domínio integral da tecnologia social criada para o Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas.

O Guia toca na ferida da mídia que se recusa a adoção de uma perspectiva de gênero, raça e etnia, limitando a veiculação da opinião das mulheres em geral e invisibilizando a participação das mulheres negras e indígenas em todas as esferas da sociedade.

Essa agenda de cooperação tem o propósito de criar ferramentas para a promoção de uma mídia plural, inclusiva e isenta de discriminações e estereótipos de gênero, raça e etnia. Precisamos incentivar a igualdade de gênero e o atendimento das demandas das mulheres por meio da mídia.

JÔ A. RAMOS

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