Defesa da Mulher é um movimento de mulheres que pretende divulgar todo tipo de violência praticada contra mulheres no Brasil e lutar pela melhoria no atendimento nas Delegacias Especializadas e Casas Abrigo. Queremos contribuir para aprofundar o debate sobre a violência, aborto, direitos e lutas das mulheres. Somos hoje 52% da população do país e merecemos que nossas propostas e prioridades sejam respeitadas. www.defesadamulher.com.br
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Organizações feministas lançam campanha ‘Mais Mulheres ao Poder’
NO BRASIL
O site www.maismulheresnopoderbrasil.com.br está no ar desde setembro de 2008 e faz parte da Campanha “Mais Mulheres no Poder: Eu assumo este compromisso!”, iniciativa do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos e da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Lançado na ocasião das eleições 2008, em sua primeira etapa de existência, o site informou e estimulou a discussão, a reflexão e o debate sobre a presença das mulheres nos espaços de poder e decisão nos Poderes Executivo e Legislativo.
Em setembro de 2009, foi inaugurada uma nova fase, com a incorporação de três novas áreas temáticas: Judiciário, Empresa e Sociedade, consolidando as propostas do capítulo V do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que visa a autonomia, empoderamento e estímulo à ampliação da participação feminina nos cargos de decisão no Executivo, Legislativo e Judiciário, nos partidos políticos, nas empresas públicas e privadas e em entidades representativas de movimentos sociais.
Consideramos que para o aperfeiçoamento e consolidação da democracia, existe a necessidade de pensar, discutir e transformar a situação de subrrepresentação da mulher nos espaços de poder e decisão, promovendo uma participação igualitária, plural e multirracial. As mulheres são mais da metade da população e do eleitorado, têm maior nível de escolaridade e são quase a metade da população economicamente ativa do país. Entretanto não chegam a 20% nos cargos de maior nível hierárquico no Parlamento, nos Governos Municipais e Estaduais, nas Secretarias do Primeiro Escalão do Poder Executivo, no Judiciário, nos Sindicatos e nas Reitorias. Apenas nas Empresas elas já conseguem alcançar o percentual de 20% de chefes. Uma cultura de divisão sexual do trabalho, preconceito e subalternidade ainda dificulta a autonomia e presença feminina nas decisões cruciais à vida da comunidade.
Dessa forma, o objetivo da Campanha “Mais Mulheres no Poder: Eu assumo este compromisso!” é promover uma ação transformadora de estruturas de poder e das instituições, assim como de cultura e mentalidade que gerem novas relações sociais entre mulheres e homens no Brasil.
NO CHILE
Convictas de que o Chile precisa de uma nova ordem social sexual, representantes do Centro de Estudos da Mulher (CEM), Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Mulher (Cedem), Corporação Humanas, Corporação La Morada, Fundação Dialoga, Movimento Pró Emancipação da Mulher Chilena (MEMCH) e Observatório de Gênero e Equidade lançaram há poucos dias a campanha Mais Mulheres ao Poder - Por uma democracia paritária.
A intenção é conseguir a inserção de mais mulheres em cargos de decisão pública e representação popular. As demandas principais se resumem em: nova Constituição Política, fim do sistema binominal, com um sistema eleitoral que garanta a representatividade; leis para a igualdade, com a participação igualitária de homens e mulheres na tomada de decisões públicas; partidos políticos paritários e financiamento preferencial para campanhas de mulheres.
Além destas demandas, Mais Mulheres ao Poder se propõe a gerar um debate com o poder público e a população sobre a urgência de se aprofundar a democracia, acontecimento que não será possível sem a participação das mulheres.
Durante o lançamento da campanha, realizado na Praça da Constituição, as mulheres lançaram um questionamento com o intuito de fazer a população pensar: Você não acha que falta algo à democracia para que ela possa avançar? E a resposta é sim, falta maior participação das mulheres na política, asseguram.
A campanha, não por acaso foi lançada neste ano. 2012 é um ano eleitoral e esta é uma oportunidade para que as mulheres se encorajem a enfrentar uma candidatura nos pleitos locais.
A campanha dispõe de spot, três mini-programas para rádio, folhetos, etiquetas e emblemas. O material está disponível para todos aqueles e aquelas interessados em ajudar a divulgar a campanha na Internet e redes sociais.
Atualmente, as chilenas constituem 53% do eleitorado e 43% da força laboral, mesmo assim, seu poder de decisão é escasso, prova disso é que a participação feminina em cargos de representação popular no país só chega a 12,7%, cifra abaixo da média latino-americana, que é de 20%. No Senado chileno, elas representam 5%, entre os deputados são 13% e no gabinete presidencial, 18%.
Fonte: Adital
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